Hacker afirma que há cópias de conversas de Moro fora do país
Moro já havia dito que irá destruir as mensagens que podem servir de provas contra sua conduta enquanto juiz da Lava-Jato
O hacker Walter Delgatti Neto, que confessou ter invadido o celular do ministro Sérgio Moro, afirmou que as mensagens extraídas tem cópias fora do país. A informação está em um documento, assinado pela defesa de Delgatti, obtido pelo jornal “O Estado S.Paulo”.
O hacker foi preso na Operação Spoofing, da Polícia Federal (PF), no último dia 23, junto com outros 3 suspeitos, acusado de ser o invasor do celular de Moro e de procuradores da Lava Jato. Após a prisão, ele confessou o crime.
Além do celular de Moro, Delgatti confessou ter invadido celulares de centenas autoridades do país,incluindo o presidente Jair Bolsonaro.
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“Para todos os fins, registra, por pertinente, que o conjunto das informações está devidamente resguardada por fiéis depositários, nacionais e internacionais”, diz o documento entregue pelos advogados Fabrício Martins Chaves Lucas e Gustavo Delgado Barros.
Em outro trecho da nota, Delgatti Neto diz espantar-se com “a fragilidade do sigilo no Brasil”, sugere melhoria nos sistemas de comunicação nacional e “convida a uma regulamentação e à transparência quanto ao acesso e o uso de ditas redes de informação pelo poder público, em plena defesa do melhor interesse público, respeitados os princípios fundamentais da Constituição Federal, incluídos defesa da Cidadania, da dignidade da pessoa humana os valores do trabalho e da livre iniciativa”.
Moro afirmou, no último dia 26, que irá destruir as mensagens, que foram entregues de forma gratuita ao site The Intercept, segundo o hacker, e passaram a ser divulgadas pelo site a partir de 9 de junho.
As mensagens divulgadas mostram conversas entre o então juiz federal titular da Lava Jato, em Curitiba – Sérgio Moro, com integrantes do Ministério Público Federal, principalmente com Daltan Dallagnol, procurador do Ministério Público Federal (MPF), coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba.
As conversas teriam acontecido por meio do aplicativo Telegram. Nelas fica exposto uma conduta inapropriada de Moro, intervindo na condução das investigações, mas como juiz, ele não poderia ter tido tais atitudes.