Hirota é notificado pelo MPT por causa de cartilha preconceituosa
No começo da semana, a rede de supermerados Hirota, em São Paulo, virou assunto e foi acusado de homofobia nas redes sociais por causa de uma cartilha distribuída pelo estabelecimento com os chamados “valores familiares”.
Nesta sexta-feira, 22, a rede recebeu uma notificação recomendatória do Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPESP).
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A notificação exige a suspensão imediata da distribuição da cartilha “Cada Dia Especial Família de 2017”, considerada de conteúdo discriminatório, e que as cartilhas já distribuídas sejam retiradas de circulação.
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O documento ainda determina que a empresa “se abstenha de produzir materiais com conteúdo discriminatório ou que os divulgue nas lojas de sua rede e em sua homepage, pela internet ou redes sociais; que assegure a plena e efetiva igualdade entre mulheres e homens em seu ambiente de trabalho; que garanta o respeito à liberdade de religião, credo, de gênero e orientação sexual em seu ambiente de trabalho e da mesma forma respeite identidade de gênero, orientação sexual e forma de agir de todas as pessoas.”
Segundo os dois órgãos, a cartilha atenta contra os direitos fundamentais à dignidade humana, de mulheres, de homens, a liberdade de gênero, a orientação sexual e de expressão da sexualidade.
Felizmente, ao contrário do Hirota, várias marcas apoiam publicamente as questões LGBT: