Homem é assassinado por ter sido confundido com estuprador

Jovens tentaram fazer “justiça com as próprias mãos”, mas mataram um inocente

Na madrugada do sábado, 21, um homem de 51 anos foi assassinado a golpes de barra de ferro no Tocantins por rapazes que suspeitaram que a vítima era um estuprador. Depois, eles atearam fogo na residência onde o crime foi cometido.

Polícia Civil, no entanto, afirmou que o homem assassinado não tinha envolvimento com estupro.

Homem é assassinado por ter sido confundido com estuprador
Créditos: Polícia Militar/Governo do Tocantins
Homem é assassinado por ter sido confundido com estuprador

Dois jovens, de 20 e 21 anos, foram presos e um terceiro, de 25 anos, conseguiu fugir da polícia.

“Após identificá-los, foi realizada a prisão dos suspeitos de 21 e 20 anos, os quais confessaram o crime alegando que pretendiam se vingar de um estuprador, porém não sabiam que este estuprador já havia sido preso”, declarou o delegado Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho ao G1.

Saiba onde e como denunciar

  • Disque 100

O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.

A denúncia de casos de violência contra a mulher são importantes para a diminuição dos números de feminicídio
Créditos: iStock/@PeopleImages
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  • Polícia Militar (190)

A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.

  • Defensoria Pública

No caso de violência doméstica, a Defensoria Pública pode auxiliar a vítima pedindo uma medida protetiva a um juiz ou juíza. Essa medida de urgência inclui o afastamento do agressor do lar ou local de convivência com a vítima; a fixação de limite mínimo de distância de que o agressor fica proibido de ultrapassar em relação à vítima; a proibição de o agressor entrar em contato com a vítima, seus familiares e testemunhas por qualquer meio; a suspensão da posse ou restrição do porte de armas, se for o caso; a restrição ou suspensão de visitas do agressor aos filhos menores; entre outras, como pedidos de divórcio, pensão alimentícia e encaminhamento psicossocial.

  • Delegacia da Mulher

Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.