Homofobia no Carnaval: jovem leva garrafada de vidro em saída de bloco

Rafael Aquino estava de mãos dadas com seu namorado quando foi surpreendido por um grupo de homens que o atacou

Na saída de um bloco de Carnaval de rua em São Paulo, o jovem Rafael Aquino, de 18 anos, foi vítima de homofobia. O caso aconteceu no final de semana passado, e ele foi às redes sociais na segunda-feira, 17, para denunciar o caso publicamente.

Em entrevista à Marie Claire, Rafael, que é maquiador, contou detalhes de como ocorreu a agressão e afirmou que demorou para conseguir socorro, tanto da polícia quanto do resgate.

Ele conta que estava na companhia de cinco amigos perto de um ponto de ônibus no centro de São Paulo, enquanto saíam do bloco. De mãos dadas com o namorado, um grupo de homens os cercou, e começou a bater neles. Um deles deu um mata-leão em sua amiga e a arrastou pelas ruas, segurando-a pelo pescoço. Outro, deu uma garrafada de vidro em sua boca.

Homofobia no Carnaval: jovem leva garrafada de vidro na cabeça em saída de bloco em SP
Créditos: reprodução/Instagram
Homofobia no Carnaval: jovem leva garrafada de vidro na cabeça em saída de bloco em SP

Ele afirma que esperou por 30 minutos para a chegada dos socorristas, que justificaram que não conseguiriam atendê-lo no momento, pois havia muitas ocorrências. As viaturas da polícia também não quiseram prestar socorro.

Na entrevista, ele encerra da seguinte forma: “Infelizmente, nós da população LGBTQ+ vivemos 24 horas em perigo”. Acesse o site da Marie Claire para ler o depoimento de Rafael na íntegra.

Saiba como denunciar crime de homofobia

Casos como o de Rafael são, infelizmente, muito comuns no Brasil. Com sorte, o jovem não foi morto.

Com uma morte a cada 23 horas de uma pessoa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis) e no topo do ranking de mortes de transexuais, é inegável que exista homofobia e transfobia no Brasil.

Esses números, que já são assustadores, podem ser ainda piores! Isso porque não há informações estatísticas governamentais sobre tais mortes e os dados são obtidos pelo Grupo Gay da Bahia (GGB).

Portanto, clique aqui e saiba como denunciar o crime de homofobia.