Justiça censura reportagem sobre extorsão a Marcela Temer
Com informações da Folha de S. Paulo
A Justiça de Brasília, a pedido do Palácio do Planalto, censurou uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer em 2016.
Uma liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, impede que o jornal publique informações sobre uma tentativa de um hacker de chantageá-la.
- Como foi o primeiro debate presidencial das Eleições de 2022
- Dia da Democracia: 12 vezes em que a democracia brasileira esteve em risco recentemente
- Padre Robson admite que extorsão foi paga com dinheiro da Afipe
- Mulher grávida tem rosto desfigurado por ex no litoral de SP
O hacker clonou o celular de Marcela no ano passado e tentava extorqui-la, dizendo, por meio do WhatsApp, que poderia jogar o nome do presidente Michel Temer “na lama” a partir de áudios encontrados no aparelho.
Segundo o juiz, os fundamentos apresentados pela defesa da primeira-dama são “relevantes e amparados em prova idônea”. “A inviolabilidade da intimidade tem resguardo legal claro”, diz o despacho.
“Defiro o pedido de antecipação dos efeitos da tutela para determinar que os réus se abstenham de dar publicidade a qualquer dos dados e informações obtidas no aparelho celular da autora. Isto sob pena de multa no valor de R$ 50.000,00”, diz o juiz.
O hacker Silvonei de Jesus Souza foi condenado em outubro a 5 anos e 10 meses de prisão por estelionato e extorsão e cumpre pena em Tremembé, no interior de São Paulo.
A Folha afirmou que considera a decisão atenta contra a liberdade de imprensa. Leia o conteúdo na íntegra.
- Não dá para subestimar os hackers. Segundo pesquisadores de segurança na internet, hackers teriam encontrado uma maneira de utilizar a bateria de seus eletrônicos portáteis para saber os sites que você visita. Confira nesta reportagem.