Lançamento do filme sobre a Virada Cultural previsto para 2011
A Virada Cultural surgiu em São Paulo com a proposta de reunir – durante 24 horas – uma série de shows, teatro, dança, poesia, entre outras manifestações artísticas no centro da cidade. O projeto, que começou tímido em 2005, tomou proporções gigantescas e hoje ocupa todo o centro e outros pontos da metrópole com atrações brasileiras e internacionais.
Com a intenção de registrar um evento dessa magnitude um grupo, formado por Rubens Crispim Junior (cineasta e mentor da proposta), Eduardo Mattos (diretor de fotografia e câmera), Fernanda Figueiredo (making of- still), Lucia Razera (produção executiva), Mariana Verani (produção e som direto), Gustavo Ferri e Danilo Mantovani (câmeras), documentou no ano passado os bastidores da organização e o dia do evento.
A captação dos momentos de produção e realização da Virada Cultural vai se transformar no filme “Depois do Começo e Antes do Fim”. “Queríamos registrar a forma como tudo se transforma no centro histórico de São Paulo. Em um dia ele fica tomado por uma multidão de milhões de pessoas, enquanto nos outros dias do ano é tomado pelo intenso e frenético tráfego de carros. Nós queríamos mostrar a todos o tamanho e a importância desse evento, que transforma o centro em um palco cultural, gratuito, eclético e democrático”, explica Lucia Razera.
Outro ponto importante para o grupo era mostrar o papel que a Virada Cultural tem no trabalho de revitalização na região. “É o maior evento público em diversidade cultural do mundo. Além desse tamanho todo, tem um papel fundamental do Centro. Resgatando a presença e o afeto dos mais antigos frequentadores que se afastaram por conta da degradação que essa área sofreu ao longo dos tempos.”
Com previsão de lançamento para o início do ano que vem, o vídeo será editado em formato de longa documental e
terá 40 minutos de duração. “Iniciamos as filmagens 30 dias antes do evento, acompanhando os bastidores dessa gigante organização. Com uma equipe reduzida preservamos a discrição dentro das reuniões de organização, permitindo que todos ficassem mais a vontade e que o processo como um todo discorresse sem que houvesse intimidação por parte dos envolvidos”, conta Lucia.
Durante o processo de gravação a equipe passou por momentos peculiares e inesquecíveis. “Andamos de carrinho de golfe pelas ruas do bairro, conhecermos personagens reais e históricos, entramos em lugares de muito difícil como o terraço do prédio da prefeitura e o relógio da estação Júlio Prestes. E claro, tiveram os depoimentos de muitas pessoas que ora engraçados ora críticos ora desabafos nos emocionaram muitas vezes”, relembra Lucia.