Marido diz ter sido retirado da sala de cirurgia por médico estuprador
"O rapaz que dá anestesia mandou eu sair na metade. Eu não tinha visto nem a criança e minha esposa já tinha dormido", contou o marido
O marido de uma das supostas novas vítimas do médico estuprador revelou que foi impedido de acompanhar sua mulher na sala de cirurgia para o trabalho de parto, na última segunda-feira, 11. Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante por estuprar uma gestante durante o parto de cesariana, em São João de Miriti, no Rio de Janeiro.
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O homem contou em depoimento feito na Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, que foi retirado do centro cirúrgico por Giovanni antes de sua esposa dar à luz.
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“O rapaz que dá anestesia mandou eu sair na metade. Eu não tinha visto nem a criança e minha esposa já tinha dormido”, contou o marido ao chegar na delegacia.
O marido ressalta seu sentimento de raiva com a situação. “Quando eu bati de frente na televisão era ele. Já com esse caso. Muita raiva. A gente tá ali confiando nos médicos e acontece uma coisa dessas”, lamentou.
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No caso pelo qual Giovanni foi preso, no domingo, 10, ele aguardou o acompanhante da mulher deixar a sala de cirurgia com a criança para então cometer o crime.
De acordo com a Lei nº. 11.108/2005, conhecida Lei do Acompanhante, toda gestante tem direito à presença de um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
Ainda de acordo com a Lei do Acompanhante, todo todo hospital, público ou privado, tem obrigação de cumprir as normas estabelecidas por esta legislação.
A lei se aplica para parto normal e cesariana e nenhum hospital ou funcionário pode impedir que a gestante seja acompanhada pela pessoa que ela escolher.
Além deste direito estar assegurado na Legislação Brasileira, determinações sobre o direito a acompanhante foram incluídos nas determinações da Agência Nacional de Saúde (ANS) aos Planos de Saúde.