Ministro da Educação faz chacota de estudantes agredidos por policiais

Abraham Weintraub compartilhou vídeo em seu Twitter e ainda fez piada com o presidente da UNE

21/07/2019 09:59

Em mais uma mostra de educação, polidez e bom senso – #SQN – o ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou sua conta no Twitter para fazer chacota com o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, e ainda replicar vídeo, com policiais agredindo estudantes, que afirmava que membros da UNE são vagabundos.

O vídeo replicado pelo ministro exibe o confronto entre policiais militares de Brasília e manifestantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), que protestaram na porta do MEC, na última terça-feira, 16.

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Postado originalmente pelo perfil UFF Livre Campos dos Goytacazes, o vídeo é intitulado “Vagabundos da UNE tomando um sacode na frente do MEC ao som de Sweet Dreams”.

O conteúdo revela as agressões da PM aos manifestantes, em uma edição sarcástica, com trilha de uma versão funk de “Sweet Dreams (Are Made of This)”, do Eurythmics. “Sem mais comentários (apenas que a música é boa e é do meu tempo…)”, escreveu o ministro ao reproduzir o vídeo.

Postagem do ministro da Educação, que mostra policiais agredindo membros da UNE
Postagem do ministro da Educação, que mostra policiais agredindo membros da UNE - reprodução

Montalvão também aparece no vídeo e, no dia seguinte, protestou novamente, durante o lançamento do programa do MEC Future-se. Na ocasião, ele foi convidado pelo próprio Weintraub a sentar-se a seu lado para a apresentação, e aceitou.

Mas a “destreza” do ministro nas redes não parou nem após o evento. Aliás, o encontro serviu de munição para novas publicações.

Ele postou fotos do presidente da UNE durante o Future-se, com a seguinte legenda, em tom de chacota: “Depois de Sweet Dreams, mais entretenimento na sessão nostalgia: Ajude a encontrar o Wally…😉”

Um dos seguidores o questionou sobre a cena e se quem aparecia na imagem era mesmo Montalvão, presidente da UNE.

O ministro voltou a ser irônico – preconceituoso e machista – e afirmou não conseguir distinguir manifestantes porque, com o tempo, ‘ficam todos iguais, inclusive as mulheres’.