Moro a Lula: ‘não respondo a criminosos, presos ou soltos’
A publicação no Twitter foi feita pouco depois do discurso de Lula no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo
Chamado de canalha pelo ex-presidente Lula na tarde deste sábado, 9, o ministro Sergio Moro (Justiça) disse que não ia responder ao ataque. “Não respondo a criminosos, ‘presos ou soltos’.
No Twitter, o ex-juiz disse ainda que “algumas pessoas só merecem ser ignoradas”.
Aos que me pedem respostas a ofensas, esclareço: não respondo a criminosos, presos ou soltos. Algumas pessoas só merecem ser ignoradas.
— Sergio Moro (@SF_Moro) November 9, 2019
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Lula participou de um ato na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, em SP, na tarde deste sábado. No discurso à militantes de esquerda, o ex-presidente fez duras críticas à Jair Bolsonaro, ao qual se referiu como miliciano.
Ele [Bolsonaro] foi eleito. Democraticamente nós aceitamos o resultado da eleição. Esse cara tem um mandato de 4 anos. Agora, ele foi eleito para governar pra o povo brasileiro, e não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro”, disse o ex-presidente para uma multidão.
Lula também atacou a Operação Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro e a política econômica do governo Bolsonaro.
“Eu preciso provar que o juiz Moro não era um juiz, era um canalha que estava me julgando. O Dallagnol não representa o Ministério Público, que é uma instituição séria. Ele montou uma quadrilha com a força tarefa da Lava Jato.”
O ex-presidente também atacou a Rede Globo. “Lá em cima tá o helicóptero da Rede Globo de Televisão para falar merda outra vez sobre o Lula e sobre nós”, referindo-se a aeronave que acompanhava o ato.
Em nota, a emissora repudiou os ataques do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A prova de isenção da emissora é a transmissão do discurso que o ex-presidente fez ontem e hoje. Também é prova de sua isenção ser alvo de ataques dos extremos do espectro político hoje, tão radicalizado. A Globo faz jornalismo sério e continuará a fazer. Sem se intimidar e sem jamais perder a serenidade”, diz a emissora carioca.
Lula deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde ficou preso por 580 dias, beneficiado pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que definiu que a prisão de condenados somente deve ocorrer após o fim de todos os recursos.
Estavam presentes no ato o ex-prefeito Fernando Haddad, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), o líder do MTST, Guilherme Boulos, a deputada Gleisi Hoffmann e outras lideranças do PT.