Mortes em Paraisópolis vão ser investigadas pelo MP como homicídios

A apuração deve durar 30 dias

Por: Redação

As nove mortes que ocorreram em Paraisópolis no último domingo, 1º, vão ser investigadas pelo Ministério Público de São Paulo como homicídios. Os jovens tinham entre 14 e 23 anos e estavam em um baile funk. Seis policiais foram afastados das ruas e estão trabalhando apenas em serviços administrativos.

Vídeo que circula nas redes sociais mostra um PM acertando com uma barra os jovens em Paraisópolis que passavam pelo local
Créditos: Reprodução/ Twitter
Vídeo que circula nas redes sociais mostra um PM acertando com uma barra os jovens em Paraisópolis que passavam pelo local

Segundo o jornal Agora São Paulo, nesta terça-feira, 3, o procurador-geral de Justiça Gianpaolo Smanio disse: “Designei a promotora do júri para fazer a apuração a respeito dos homicídios que ocorreram em Paraisópolis”.

Os seis policiais afastados disseram que estavam perseguindo dois suspeitos em uma motocicleta e o que estava na garupa teria atirado contra os PMs. Os frequentadores do baile, porém, disseram que foram encurralados em duas vielas estreitas, onde ocorreu o pisoteamento.

A apuração deve durar 30 dias e vai ser conduzida pela promotora Soraia Bicudo Simões, do 1º Tribunal do Júri, com participação de representantes do poder público e de comunidades.

Além disso, um soldado do Corpo de Bombeiros cancelou o único pedido de socorro que foi feito ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) durante a ação alegando que as vítimas teriam sido socorridas por policiais militares.

E um vídeo que circula nas redes sociais mostra um policial à espreita em um dos becos da comunidade, com uma barra nas mãos, esperando os jovens que passavam correndo e desarmados para atingi-los. O governador de São Paulo, João Doria, disse que a política de segurança pública não vai mudar.