Mulher que atacou fiscal não tem registro como engenheira química
Caso a suspeita se confirme, ela pode ser suspensa e pagar multa de mais de R$5 mil
A mulher que atacou verbalmente o superintendente de educação e projetos da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro (RJ), Flávio Graça, não tem registro profissional como engenheira química – profissão que ela encheu a boca para falar que exercia com o intuito de humilhar o fiscal.
Em seu currículo, consta que ela é formada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em 2003, porém, desde então, ela não se credenciou ao Conselho Regional de Química III (CRQ), que daria autorização para ela exercer a profissão.
Segundo o jornal Extra, o presidente do órgão, Rafael Almada, abriu uma investigação para saber se a mulher atuava como engenheira química ou responsável pela área na Taesa, última empresa onde ela trabalhou e foi demitida na segunda-feira, 6, após a repercussão negativa do caso.
“[…] Se ela estiver falando a verdade, que é formada, mas atuava como engenheira química sem registro, ela agiu contra o código de ética profissional. Um engenheiro químico, para exercer plena e regularmente sua profissão deve obrigatoriamente estar registrado em Conselho de Fiscalização da Profissão (CRQ-III), segundo o Art. 25 da lei 2800/1956”, explicou ele à publicação.
Caso tais afirmações se confirmem, a mulher será autuada, em forma de multa e até perda do direito de exercer a profissão.
“[…] Vamos encaminhar o caso ao Ministério Público Estadual e acionar a polícia. Ela ainda vai receber uma multa de até R$ 5.103,88, além de suspensão do direito de exercer a profissão em até dois anos por falta ética”, completou Almada.
Ainda de acordo com o jornal, a empresa Taesa disse que a profissional desempenhava funções administrativas na área financeira, onde ocupava o cargo de Especialista de Planejamento e Controle, contratada em regime CLT.
A mulher em questão estava em um bar fiscalizado e autuado pela Vigilância Sanitária, e intimidou o fiscal que se referiu a seu marido como cidadão, respondendo: “Cidadão, não. Engenheiro civil formado e melhor que você”. Na ocasião, ela também se identificou como engenheira.