Olavo de Carvalho critica Escola sem Partido

O filósofo foi um dos responsáveis por Bolsonaro nomear Ricardo Vélez Rodríguez como ministro da Educação

23/11/2018 14:03

Muito citado recentemente por ter influenciado Jair Bolsonaro na escolha de dois ministros, o filósofo Olavo de Carvalho concedeu entrevista ao jornal O Globo, falou de sua relação com o presidente eleito e reforçou suas críticas ao projeto Escola Sem Partido.

Olavo de Carvalho foi considerado como um possível ministro da Educação e Cultura, mas ele recusou
Olavo de Carvalho foi considerado como um possível ministro da Educação e Cultura, mas ele recusou - Reprodução/ Instagram

Carvalho foi um dos responsáveis por Bolsonaro nomear Ricardo Vélez Rodríguez como ministro da Educação e Ernesto Araújo para futuro ministro das Relações Exteriores. Mesmo tendo aderência ao futuro governo ele não simpatiza com a proposta do Escola Sem Partido. “O projeto de lei é prematuro, pelo fato de que não existe documentação científica a respeito do problema (do esquerdismo nas escolas e universidades). Você não pode começar um debate legislativo sem ter o debate científico primeiro. Acho que colocaram a carroça na frente dos bois”, declarou.

Confira o momento em que o filósofo responde ao jornalista do O Globo:

O senhor publicou recentemente um vídeo com críticas ao Escola sem Partido, por ser muito focado em mudar a legislação, e pouco no combate cultural. Já discutiu esse assunto com Vélez?

Não, e nem tentei influenciá-lo nisso. Foram notas sobretudo para os fundadores do Escola sem Partido, que são pessoas amigas minhas. À medida que o movimento evolui na direção de um projeto de lei, a coisa se complica, porque o projeto de lei é prematuro, pelo fato de que não existe documentação científica a respeito do problema (do esquerdismo nas escolas e universidades). Você não pode começar um debate legislativo sem ter o debate científico primeiro. Acho que colocaram a carroça na frente dos bois. Nós não temos uma visão quantitativa da hegemonia comunista no ensino, e ainda estamos na esfera do argumento retórico. Leia a entrevista na íntegra