Olavo de Carvalho faz pouco caso de repreensão de Bolsonaro

O guru de Bolsonaro afirma que militares que o contestam são, sobretudo "incultos e presunçosos".

O guru do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Olavo de Carvalho, fez pouco caso da repreensão do presidente sobre ataques a militares, na segunda-feira, 22, e seguiu criticando generais, em vídeo divulgado nesta terça-feira, 23. Olavo afirma que militares que o contestam são, sobretudo “incultos e presunçosos”.

Créditos: Reprodução/Agência Brasil e YouTube

Na gravação, o guru do presidente afirma que a sua análise sobre a atuação das Forças Armadas no regime militar (1964-1985) é uma “tese histórica absolutamente irrefutável” e ressaltou que ninguém vindo da academia militar tem condição de contestá-la.

“O que digo das Forças Armadas e da sua atuação no regime militar é uma tese histórica absolutamente irrefutável. Não podendo contestá-la, generais incultos e presunçosos tentam reduzi-la a uma conspiração jornalística contra suas augustas pessoas”, disse.

SAIBA PORQUE OLAVO DE CARVALHO É NA VERDADE UM CHARLATÃO

Na segunda-feira,22, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, leu uma nota em nome de Bolsonaro, onde afirmou que as críticas de Olavo à classe militar “não contribuem” com o governo. Pelo visto, o recado não foi assimilado pelo guru.

Em vídeo anterior, que foi divulgado e depois apagado do canal oficial do presidente, o escritor questionou a contribuição das escolas militares para o país e disse que o regime militar “destruiu os políticos de direita”.

Em resposta a ele, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, defendeu as escolas militares e afirmou que o escritor não deve comentar sobre assuntos que desconhece e se limitar à função de astrólogo, área estudada por ele.

As rixas e troca de farpas entre seguidores de Olavo e militares ocorrem desde o início do governo Bolsonaro e levado o presidente a gastar muito capital político para conter as brigas

Recentemente, Olavo incentivou o deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) a apresentar um pedido de impeachment contra Mourão.