“Personagens do lixo” brotam entre resíduos baianos
Por Anna Dietzsch do, Arquitetura da Convivência, com fotos de Fernando Lima
Na Bahia tem carnaval, tem Iemanjá, tem acarajé e tem sol, mas não tem lixo reciclado. Nem por isso os baianos se avexam e, inventivos que são, já arranjaram jeitos de contornar a situação. Em festas na rua (e são muitas por lá), catadores se organizaram para pegar as latinhas e incentivar os outros para que catem, com a locação de pequenos centros de pesagem e compra do material ao longo das ruas. Uma pequena banca e um saco de estopa vão longe no comercio criativo e ambientalmente sustentável.
Circulando pelas multidões há também “personagens do lixo” que usam material reciclado para fazer suas traquitanas e instalações. Num fim de semana por lá topamos com dois desses figurões: o homem da bicicleta-monumento e Jaime Figura. O primeiro criou uma escultura ambulante sobre pedais e anda com ela pelas ruas da cidade, enquanto o segundo se veste com material reciclado do lixo e frequenta eventos na cidade. Nunca ninguém viu seu rosto ou sabe quem ele é.
Outro anônimo do lixo colocou sem avisar ninguém lindos painéis feitos com tampinhas de plástico nas paredes do Rio Vermelho e na Barra jardineiras publicas são feitas de garrafinhas de plástico.
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