Sem coveiros, família enterra idoso morto com suspeita de covid em Manaus
Antes disso, a família passou três dias à procura do corpo no hospital em que ele estava internado
O aumento das mortes pelo novo coronavírus (covid-19) já causa um colapso nos sistemas de saúde e funerário de Manaus (AM). No domingo, 26, uma família precisou fazer o enterro do próprio parente por falta de coveiro.
Em entrevista ao G1, os filhos de Joaquim Lopes da Silva, 82 anos, afirmam que antes de terem que enterrar o próprio pai, ainda tiveram que procurar pelo corpo por três dias.
“Muitos corpos em cima do outro, sem identificação nenhuma. Nós tivemos que nos arriscar, tivemos que nos arriscar dentro do freezer, dentro do frigorífico para identificar nosso pai”, disse um dos filhos.
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O pesadelo da família não parou por aí. Eles ainda tiveram que fazer o enterro do idoso no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, que não tinha nenhum coveiro para fazer o sepultamento.
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“Nós mesmos estamos aterrando ele, porque não tem coveiro, não tem ninguém da administração, ninguém para nos ajudar”.
Em nota, a Prefeitura de Manaus informou que situação foi um caso isolado e apura o ocorrido.
Segundo a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), estão sendo realizados cerca de 100 enterros por dia na capital amazonense, a maioria deles no cemitério Nossa Senhora Aparecida. Já o Sindicato das Empresas Funerárias do Estado do Amazonas (Sefeam) afirma que as empresas de Manaus têm estoque de urnas para mais dez dias apenas.