Trans vítima de bullying não consegue dinheiro para cirurgia no rosto

Gaúcha chamada de Fofão nas ruas por conta da aparência ainda tem esperanças de conseguir operar

13/12/2020 10:39

Quatro meses após fazer um apelo em suas redes sociais contra o bullying que vinha sofrendo por conta da aparência, a transexual Juju Oliveira ainda não conseguiu arrecadar o valor necessário para remover o silicone industrial do rosto.

Em agosto, o jornal Extra contou a história da gaúcha que tem sido alvo de preconceito e chacota na cidade onde mora, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

O apelo de Juju comoveu muitas pessoas, e um médico chegou a se oferecer para realizar a cirurgia sem cobrar nada. Porém, ela ainda precisará de R$ 45 mil para gastos hospitalares e só arrecadou até agora R$ 8 mil. Até o momento, 172 pessoas ajudaram na vaquinha online.

Trans Juju Oliveira tenta arrecadar dinheiro para remover o silicone do rosto
Trans Juju Oliveira tenta arrecadar dinheiro para remover o silicone do rosto - reprodução/Facebook

“Não preciso nem ficar bonita. Pedi ao médico para tirar esse inchaço para que nunca mais eu seja chamada de Fofão. E não é pelo personagem, a comparação. Eu só quero viver de novo como uma pessoa normal”, declarou ela na época ao Extra.

Juju oliveira tem 30 anos e trabalha na rua fazendo programas. Ela conta que aplicou 250 ml do produto no rosto em uma clínica clandestina, em 2017. Com o tempo, o rosto ficou inchado e o silicone começou a descer para o pescoço.

O produto, quando aplicado no organismo, é extremamente perigoso. Os problemas podem aparecer no momento da aplicação ou com o passar dos anos. Nesses casos, são comuns deformações, infecção generalizada, embolia pulmonar e, até mesmo, morte.

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Cuidados com os procedimentos estéticos

É considerável o número de pessoas que ficam insatisfeitas com o resultado de uma plástica ou outro procedimento estético. Tanto é que muitos médicos se dedicam a cirurgias corretivas, aquelas que alteram o resultado da primeira intervenção cirúrgica. Muitas vezes, isso acontece por conta da falta de cuidado na hora escolher um cirurgião plástico.

Nem todo médico é qualificado ou experiente em todos os procedimentos. De acordo com dados do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, o CREMESP, colhidos em 2008, cerca de 97% dos médicos que respondiam a processos éticos-profissionais relacionados à cirurgias plásticas e procedimentos estéticos não possuíam título de especialista na área.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) recomenda que todos os pacientes sigam alguns critérios para sua própria segurança. Continue lendo no link abaixo: