Trans vítima de bullying não consegue dinheiro para cirurgia no rosto
Gaúcha chamada de Fofão nas ruas por conta da aparência ainda tem esperanças de conseguir operar
Quatro meses após fazer um apelo em suas redes sociais contra o bullying que vinha sofrendo por conta da aparência, a transexual Juju Oliveira ainda não conseguiu arrecadar o valor necessário para remover o silicone industrial do rosto.
Em agosto, o jornal Extra contou a história da gaúcha que tem sido alvo de preconceito e chacota na cidade onde mora, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
O apelo de Juju comoveu muitas pessoas, e um médico chegou a se oferecer para realizar a cirurgia sem cobrar nada. Porém, ela ainda precisará de R$ 45 mil para gastos hospitalares e só arrecadou até agora R$ 8 mil. Até o momento, 172 pessoas ajudaram na vaquinha online.
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“Não preciso nem ficar bonita. Pedi ao médico para tirar esse inchaço para que nunca mais eu seja chamada de Fofão. E não é pelo personagem, a comparação. Eu só quero viver de novo como uma pessoa normal”, declarou ela na época ao Extra.
Juju oliveira tem 30 anos e trabalha na rua fazendo programas. Ela conta que aplicou 250 ml do produto no rosto em uma clínica clandestina, em 2017. Com o tempo, o rosto ficou inchado e o silicone começou a descer para o pescoço.
O produto, quando aplicado no organismo, é extremamente perigoso. Os problemas podem aparecer no momento da aplicação ou com o passar dos anos. Nesses casos, são comuns deformações, infecção generalizada, embolia pulmonar e, até mesmo, morte.
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Cuidados com os procedimentos estéticos
É considerável o número de pessoas que ficam insatisfeitas com o resultado de uma plástica ou outro procedimento estético. Tanto é que muitos médicos se dedicam a cirurgias corretivas, aquelas que alteram o resultado da primeira intervenção cirúrgica. Muitas vezes, isso acontece por conta da falta de cuidado na hora escolher um cirurgião plástico.
Nem todo médico é qualificado ou experiente em todos os procedimentos. De acordo com dados do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, o CREMESP, colhidos em 2008, cerca de 97% dos médicos que respondiam a processos éticos-profissionais relacionados à cirurgias plásticas e procedimentos estéticos não possuíam título de especialista na área.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) recomenda que todos os pacientes sigam alguns critérios para sua própria segurança. Continue lendo no link abaixo: