Twitter recebe pressão para entregar lista de quem compartilhou imagens de estupro de adolescente
A produtora cultural de Brasília, Marta Carvalho, criou um abaixo-assinado na plataforma Change.org para pressionar o Twitter a entregar os perfis dos usuários que compartilharam as imagens do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos. O objetivo é que estas pessoas sejam investigadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, enviar vídeos e fotos que retratam menores de 18 anos é crime com pena de três a seis anos de prisão. Já o Código Penal considera atos libidinosos sem o consentimento como crime de estupro. Nas imagens que circularam na rede social, um dos envolvidos aparece ao lado da garota. Já no vídeo, um deles chega a afirmar que “mais de 30 engravidou”.
O abaixo-assinado está em www.change.org/30ContraTodas.
Marta afirma que é preciso que, além dos agressores, pessoas que cometeram o crime cibernético também sejam punidas. “Precisamos por um fim à cultura do estupro. De que tudo é permitido com o corpo de uma mulher. Não podemos nos calar. As pessoas precisam entender que há uma lei proibindo esse tipo de compartilhamento, ainda mais se tratando de menores. Mas só vão parar quando as punições de fato acontecerem”, afirma.
A Twitter do Brasil se posicionou na imprensa a respeito da petição. “Quando o Twitter determina que um conteúdo denunciado viola tais regras, nós tomamos as medidas necessárias. […] A empresa coopera com as autoridades competentes conforme descrito em suas diretrizes para autoridades policiais”, afirma a rede social. Para a criadora da mobilização, a rede social deve ir além. “As imagens compartilhadas ficarão para sempre por aí. Não se trata apenas de violação de regras do Twitter, estamos falando de uma barbárie que chocou o país e que vai marcar para sempre a vida dessa menina”, protesta Marta.
Em parceria com Change.org (Oficial)
O maior portal de petições online do Brasil. São 329 milhões de pessoas fazendo a diferença em 196 países e 26 milhões só no Brasil.