Vídeos mostram como agia o professor preso acusado de pedofilia em SP

Ivan Secco Falsztyn trabalha na St. Nicholas School e usava caixas de remédio, com furos, para esconder uma câmera digital e filmar as garotas

O programa “Fantástico”, da TV Globo, exibiu neste domingo, 23, vídeos exclusivos de como agia o professor de uma escola de elite de São Paulo preso suspeito de pedofilia.

Ivan Secco Falsztyn, 54 anos, colocava câmeras escondidas em pontos estratégicos da sala de aula para filmar as alunas com idade entre 10 e 17 anos.

Professor colocava câmeras caixas de remédios para filmar alunas
Créditos: Reprodução/TV Globo
Professor colocava câmeras caixas de remédios para filmar alunas

As câmeras eram colocadas em caixas de remédios colocadas no chão ou afixadas sob as carteiras das adolescentes.

Outra técnica, segundo a reportagem, consistia em simular situações em sala de aula próximas aos locais em que as câmeras estavam posicionadas para ter certeza de que iriam flagrar as meninas por baixo da saia.

Policiais encontraram mais de 300 vídeos de alunas da St. Nicholas School
Créditos: Divulgação/SSP-SP
Policiais encontraram mais de 300 vídeos de alunas da St. Nicholas School

O professor também andava na escola com uma câmera a tiracolo na intenção de filmar qualquer descuido das estudantes.

Ivan Secco Falsztyn era professor de história e de teatro da Saint Nicolas School, onde trabalhava há mais de 20 anos. As mensalidades no colégio podem chegar a R$ 15.000.

O professor foi preso na semana passada durante a 6ª fase da operação Luz na Infância, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em 12 estados brasileiros e em outros quatro países.

Na sua casa, os policiais encontraram mais de 300 vídeos de alunas da St. Nicholas School.

Como denunciar casos de abuso infantil e como orientar a criança

Diariamente, crianças e adolescentes são expostos à violência sexual. Até abril de 2019, o Disque 100 recebeu mais de 4 mil denúncias de abuso infantil em todo o Brasil, mas sabemos que esses dados não estão nem perto da realidade, uma vez que ainda é difícil ter estatísticas que realmente abranjam o problema de forma real.

Isso se dá por inúmeros fatores como, por exemplo, pelo preconceito e pelo silêncio das vítimas (que às vezes não entendem o que está acontecendo com elas) e pela “vergonha” e falta de informação sobre o assunto de familiares.

Veja aqui como orientar a criança e como denunciar abusos infantil.