Vítima de assédio no Rio ganha na Justiça direito a indenização
A dentista Jéssica Mendes ouvia gritos constantes de “gostosa” e “piranha” sempre que ia para a academia e passava em frente a um canteiro de obras no Rio de Janeiro.
Incomodada com o assédio que sofria de um dos funcionários, ela entrou na Justiça e agora vai receber uma indenização de R$ 8 mil da construtora responsável pela obra, a EIT Engenharia S/A.
Segundo o “G1“, a dentista lutou por dois anos na Justiça para conseguir a indenização. “Eu estou farta, eu estou exausta, estou cansada”, revelou ela ao site, ainda contando detalhes de como os assédios aconteciam.
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“Ele tinha mexido comigo umas três vezes aquela semana e, como sempre, dizia ‘gostosa’, ‘nossa, que bundão’. Quando eu não aguentei mais, virei para trás e disse ‘cala a boca'”, relatou ela.
“Ele falou ‘cala a boa, sua piranha. Vem aqui que eu vou botar no seu c*. Quando você voltar, você vai ver’. Foi isso. Ele continuava me chamando de vagabunda e eu saí andando constrangida e ameaçada”, disse.
Jéssica ainda lembrou que voltou a ser assediada novamente ao passar pelo local duas semanas depois, só que dessa vez por três homens.
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Inicialmente, a construtora alegou que o assédio não teria acontecido. Depois de comprovado em vídeo, a empresa afirmou não ter responsabilidade sobre um funcionário terceirizado.
Em seu perfil nas redes sociais, Jéssica explicou a razão de ter entrado com o processo. “Eu segui com esse processo para que mais mulheres transformassem esse constrangimento em coragem e luta. O que a gente ouve nas ruas desde sempre não é brincadeira. Isso é muito sério e não pode continuar acontecendo”, escreveu a dentista.
Em um outro post, ela precisa justificar o caso e explicar por que processou a construtora e não o funcionário:
Leia mais detalhes sobre o caso na matéria completa
Sofreu um assédio como a da Jéssica e não sabe como proceder? Confira essas dicas: