WhatsApp baniu 400 mil contas por envio de mensagens em massa

A plataforma deixa claro no documento, entregue a CPI das Fake News, que o conteúdo enviado não foi analisado porque as mensagens são criptografadas

O WhatsApp informou que baniu mais de 400 mil contas no Brasil por envio de mensagens em massa, durante a campanha eleitoral do ano passado, que elegeu Jair Bolsonaro presidente.

As informações do aplicativo de mensagens foram entregues, em ofício, para a CPI das Fake News. Segundo a empresa, os usuários foram excluídos da plataforma por “violarem os termos de uso”, o que inclui o disparo de mensagens de maneira automatizada.

WhatsApp baniu 400 mil contas por envio de mensagens em massa
Créditos: Istock/bombuscreative
WhatsApp baniu 400 mil contas por envio de mensagens em massa

“O WhatsApp proíbe expressamente o uso de qualquer aplicativo ou robô para enviar mensagens em massa ou para criar contas ou grupos de maneiras não autorizadas ou automatizadas”, afirmou a empresa.

A plataforma deixa claro no documento que o conteúdo enviado não foi analisado porque as mensagens no aplicativo são criptografadas.

Ainda, segundo a empresa, as contas foram banidas entre 15 de agosto de 2018, início oficial da campanha, e 28 de outubro, dia em que os brasileiros foram as urnas para o segundo turno das eleições. O documento foi enviado em resposta a um requerimento do senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPI das Fake News.

O WhatsApp explicou como entendeu que as mais de 400 mil contas realizavam disparos de mensagens em massa. “Por exemplo, se um usuário faz alterações rápidas em seu catálogo de contatos ou os números não são compartilhados reciprocamente entre os usuários, isso pode indicar que um remetente obteve números sem o consentimento do usuário”.

O gerente de políticas públicas globais do WhatsApp, Ben Supple, disse em uma palestra na Colômbia, que o aplicativo sabe quais foram as empresas que usaram o envio de mensagens em massa, na eleição de 2018, mas não disse quais, nem para quem.