Entenda a guerra dos militares dentro do Governo Bolsonaro
A guerra dos militares é um dos principais assuntos do Canal Meio, mostrando a divisão no núcleo do Palácio do Planalto.
A reunião de domingo à noite entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Secretaria Geral da Presidência, general Santos Cruz, parece que não acalmou os ânimos no governo.
Ontem, coube ao ex-comandante do Exército e atual assessor do Gabinete de Segurança Institucional, general Eduardo Villas Bôas, responder aos ataques que o ministro e as Forças Armadas sofreram nas redes sociais por parte do escritor Olavo de Carvalho e seus discípulos.
Num longo tweet, Villas Bôas chamou Olavo de “Trotski de direita” e atribuiu-lhe “total falta de princípios básicos”.
Olavo de Carvalho reagiu no Facebook, compartilhando um vídeo no qual o general homenageava, durante o governo Dilma, o então ministro da Defesa Aldo Rebelo, que era deputado pelo PCdoB, mas tinha bom trânsito entre os militares.
Uma curiosidade: o PCdoB segue a linha de Josef Stálin, inimigo jurado e mandante do assassinato de Trotski.
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Ao sair de uma reunião com Paulo Guedes, Bolsonaro desconversou, dizendo que não há divisão entre militares e olavistas.
“É tudo um time só”, disse. Sobre o manifesto de Villas Bôas, disse respeitar o general, mas que não se pode, “por coisas menores, sacrificar o destino de 208 milhões de pessoas”.
Considerado o mais ideológico dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), porém, não deu trégua.
Em entrevista, disse que aqueles que não estiverem alinhados com o pai vão, sim, ser alvo de críticas nas redes sociais. Já Carlos Bolsonaro se vangloriou a amigos pelos ataques. (Globo)
Se fosse civil, Santos Cruz pediria demissão, avaliam pessoas próximas ao ministro.
Guilherme Amado: “Ao criticar Olavo de Carvalho, Villas Bôas expôs publicamente como o generalato do Palácio do Planalto hoje vê não só o escritor radicado nos Estados Unidos, mas todo o núcleo ideológico do governo Bolsonaro. O recado foi, implicitamente, para Bolsonaro, e teve o mesmo teor da recomendação feita há alguns meses pelo general Heleno: tire Olavo de Carvalho de seu governo.” (Época)