O desemprego sempre traz insegurança sobre o futuro, mas não é o fim do mundo. Esse momento é o ideal para repensar a carreira e mudar os hábitos de consumo. Equilibrar as contas e montar um planejamento financeiro são os primeiros passos, de acordo com o planejador financeiro André Crepaldi.

“De repente a pessoa perdeu o emprego. Um dos hábitos dela era tomar cafezinho na padaria, comer um doce de sobremesa, não ligar para comprar um sorvete na esquina, ou mesmo fazer as compras em um pequeno mercado ao lado de casa ao invés de um grande supermercado, esse dinheiro desregrado pode representar cerca de R$ 150,00 mensais e em 12 meses vale R$ 1.800,00. A base do planejamento financeiro é o controle financeiro. É preciso tirar a venda dos olhos e enxergar efetivamente para onde o dinheiro vai”, comenta Crepaldi.

O profissional que busca uma recolocação no mercado de trabalho vai precisar desse dinheiro para transporte, por exemplo.

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Investimento

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Se você tem uma reserva como fundo de garantia por tempo de serviço, a decisão mais sensata é fazer com que esse dinheiro se multiplique. Mas é importante dizer: esqueça a poupança, ela não vai oferecer os mesmos ganhos do passado. Atualmente o rendimento dela é menor do que a inflação acumulada.

Opte por outros tipos de aplicações. Os investimentos que pressupõem risco sempre oferecerão ganhos maiores. Por isso, as ações no longo prazo costumam figurar entre as mais rentáveis. Mas antes de investir, defina como vai usar o dinheiro e quando pretende resgatá-lo. Isso vai direcionar a aplicação mais adequada ao seu perfil e isso é mais importante que a rentabilidade do investimento.

Como organizar o dinheiro

Investir 60% do seu dinheiro pode ser um bom caminho, segundo Crepaldi. “Os outros 40% podem ser usados da seguinte forma: 10% para despesas com transporte e alimentação e os outros ficam num investimento de curto prazo para saques de custeio (manutenção da casa, etc)”, explica o planejador financeiro.

Volta ao mercado de trabalho

“Você precisa utilizar seu tempo livre mantendo-se positivo, fazendo exercícios físicos e mantendo uma postura de vencedor. A forma como você se comunica com o ambiente reflete diretamente sobre o retorno que você busca. Imagine chegar a uma entrevista de emprego cabisbaixo, com medo e desanimado, será que você será contratado?”, questiona o planejador financeiro.

Veja outras dicas que podem te ajudar a recolocar no mercado de trabalho:

Atualize o seu currículo: A atenção ao seu currículo neste momento é fundamental. Coloque as informações sobre o último emprego, suas responsabilidades e conquistas. Aproveite também para colocar seu perfil do LinkedIn, se você tiver. Repense seu objetivo profissional e deixe isso claro para que o recrutador não tenha a impressão que você está atirando para todos os lados. Agora é hora de você perseguir aquele cargo que você sempre desejou!

Faça contatos: Quando você está procurando emprego é importante que todas as pessoas que você conhece saibam disso. Quanto mais pessoas souberem, maiores serão suas chances de encontrar logo um novo emprego. Entre em contato com aqueles antigos colegas de trabalho, a empresa em que eles estão pode estar com uma vaga aberta.

Informe-se sobre o mercado: Procure mais informações sobre sua área, opções profissionais dentro e fora dela, inclusive as habilidades e formação exigidas.

Vá em busca de qualificação: Aproveite o seu tempo livre para ganhar conhecimento. Como o momento exige economia, procure por cursos gratuitos. Na internet, há uma série de plataformas que oferecem opções gratuitas em diferentes áreas.