Educação inclusiva: como trabalhar as diferenças?
Criança tem o direito de receber atendimento educacional que necessita
A evasão escolar é um problema de grandes proporções no campo educacional, principalmente quando se trata de educação para crianças com deficiência. Se o aluno não se sente acolhido, sem que as suas diferenças respeitadas, as chances de permanecer e concluir seu ciclo educacional diminuem significativamente.
Para esclarecer as dúvidas sobre o tema, o blog Novos Alunos, do Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), mostra qual o papel da escola e do educador para promover a inclusão e a boa convivência entre todos. Acompanhe a leitura!
O que é uma escola inclusiva?
A Lei nº 9.394, de 1996, assegura o acesso à educação e à permanência nas escolas a qualquer pessoa, sem distinções. Afirma, ainda, o direito da criança com deficiência de receber atendimento educacional para que, por meio da inclusão escolar, possa interagir socialmente.
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Uma escola inclusiva vai além do oferecimento da educação regular. Ela trabalha a evolução emocional e social de cada aluno, para que ele possa ter autonomia, algo fundamental para garantir a motivação necessária para o seu desenvolvimento não só na fase escolar, mas também na vida adulta.
Além disso, a educação inclusiva é uma ferramenta educativa também para alunos que não têm necessidades especiais. Isso porque ela ensina a conhecer e respeitar as diferenças, contribuindo para uma sociedade acolhedora.
Ou seja, quando a escola é inclusiva, seu impacto se estende à comunidade ao seu redor, contribuindo para um presente e um futuro melhor para todos.
Como trabalhar as diferenças na escola?
Apesar da inclusão ser um tema que há muito tempo pede atenção especial, ele ainda é pouco discutido em nosso país. Por isso, muitas escolas ainda não contam com recursos para garantir o correto acesso à educação para crianças com deficiência.
Para superar esse obstáculo, o papel do educador especial é oferecer atenção especializada para cada tipo de necessidade e, assim, garantir que todos alcancem o mesmo nível dentro da sala de aula. Para isso, ele pode explorar uma série de recursos, como os listados a seguir.
Utilize recursos lúdicos
Brincar faz parte da essência das crianças e é um dos momentos em que elas mais aprendem, uma vez que deixam as diferenças de lado e priorizam a diversão do momento. Por isso, essa é uma ótima oportunidade de incentivar o bom convívio social e a inclusão.
Estimule brincadeiras voltadas ao trabalho em equipe, sempre instruindo os alunos sobre como alcançar o objetivo da tarefa. Assim, eles perceberão que, apesar das diferenças, com parceria e força conjunta é possível fazer qualquer coisa, incentivando, assim, a amizade entre os colegas.
Incentive o contato com o diferente
Para os pequenos, entender as diferenças apenas por meio de palavras nem sempre é simples. Dessa forma, incentivar situações que permitam um contato mais direto com aquilo que elas consideram diferente é essencial para facilitar essa compreensão.
Muitas escolas oferecem aulas mistas entre classes de crianças com e sem deficiência. Assim, todos têm a oportunidade de interagir sem distinção, e também de aprender coisas novas, como a linguagem de sinais, por exemplo.
É possível, ainda, fazer sessões de filmes ou peças teatrais que focam na representação das diferenças, retratando situações da vida real e a melhor forma de lidar com elas, sempre com respeito.
Mostre exemplos de representatividade
Aprender pelo exemplo é sempre eficiente para pessoas em qualquer faixa etária. Para as crianças, que buscam sempre alguém em quem se espelhar para projetar o seu futuro, esse contato é ainda mais especial.
Por isso, busque exemplos que favoreçam o sentimento de pertencimento, como personagens que ficaram marcados na história pelos seus grandes feitos.
Stephen Hawking, por exemplo, era portador da E.L.A. (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma doença degenerativa do sistema nervoso que, ao longo do tempo, impediu seus movimentos e, até mesmo, a sua fala. Mesmo assim, tornou-se um físico renomado e respeitado, contribuindo significativamente para a ciência.
Já Jamie Brewer é uma atriz e modelo americana de 37 anos portadora da Síndrome de Down, reconhecida por seu papel de Adelaide Langdon na aclamada série American Horror Story, além de já ter apresentado anúncios no Super Bowl, um grande evento esportivo dos EUA que é transmitido para o mundo todo.
Estimule a conversa
Os exemplos são claramente muito úteis, mas a conversa é também uma forma de compartilhar informações, experiências e esclarecer dúvidas que sempre surgem a respeito do assunto.
Esse recurso deve ser usado tanto em sala de aula como fora dela. Por isso, os pais e responsáveis devem ser estimulados a tratar o assunto em casa também, perguntando sobre as aulas, sobre seus colegas e abrindo espaço para a criança falar sobre o tema.
Dessa forma, é possível entender como essa questão está afetando a criança, valorizar, reconhecer e incentivar as boas atitudes e corrigir aquelas que podem estar sendo prejudiciais para si ou para os colegas ao seu redor.
Seja um exemplo
Quando a questão é ensinar algo para as crianças, o exemplo deve sempre partir de quem está educando. Sejam os pais ou os professores, agir com respeito e inclusão não só é fundamental para incentivar os pequenos a fazerem o mesmo, como é também uma obrigação.
Ao observar as atitudes dos adultos interagindo com o diferente, a criança estabelece a forma como ela mesma deve se portar nessas situações. Por isso, se você notar que algo não vai bem nesse comportamento, primeiro observe as suas próprias ações e descubra se a mudança deve partir inicialmente de você.
Como identificar se a escola trata as crianças com deficiência de maneira inclusiva?
Até aqui você pôde entender o que faz uma escola ser inclusiva para os alunos com deficiência, mas como saber que a escola em que os seus filhos estão matriculados segue esses princípios?
Para isso, sempre que tiver a oportunidade, busque conversar com os pais das crianças com deficiência matriculadas na escola. Descubra de que forma esse convívio está sendo trabalhado, como ele está refletindo nessas crianças e o que você precisa fazer para manter ou melhorar os bons hábitos.
Converse também com os professores e a diretoria para saber qual o tipo de tratamento pedagógico que não só as crianças com deficiências estão recebendo, mas também as que não têm esse tipo de necessidade. Assim, é possível entender se a escola está se preocupando em ser inclusiva e oferecer oportunidades iguais de aprendizado e trato das diferenças para todos.
Hoje você percebeu que uma escola inclusiva impacta não só seus alunos, como toda a sociedade, não é mesmo? Daí a importância de garantir que os seus filhos participem de um ambiente saudável, que estimule o contato com as diferenças e incentive o respeito e o reconhecimento das limitações de cada um. Por isso, busque sempre saber se o colégio conta com um educador especial que garanta essa boa convivência.
Quer saber mais sobre a educação das crianças? Acesse o blog Novos Alunos!
Grupo SEB
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