O que é cultura maker e quais seus benefícios para a Educação

Na cultura maker, o aprendizado prático é valorizado e a colaboração é incentivada, para que o estudante aprenda a trabalhar em equipe

Conteúdo por Escola SEB
06/02/2025 10:15 / Atualizado em 10/02/2025 10:57

Imagina aprender o que se vê na teoria e ir além ao transformar o conhecimento em descobertas feitas com as próprias mãos? Essa abordagem revolucionária deixa marcas significativas na vida dos estudantes, pois é um processo capaz de despertar paixões e aptidões a serem desenvolvidas e que podem reverberar por toda uma vida. 

a cultura maker tem um propósito no campo educativo, além do uso de ferramentas e tecnologias modernas e do estímulo à inovação e à criatividaden the school
a cultura maker tem um propósito no campo educativo, além do uso de ferramentas e tecnologias modernas e do estímulo à inovação e à criatividaden the school - Banco de Imagens | iStock - @Danilo Andjus

Nesta matéria, o blog Novos Alunos, da Escola SEB, mostra como a cultura maker está transformando a educação. Confira: 

O que é a cultura maker

Quando falamos em cultura maker, estamos nos referindo a um movimento que incentiva a construção e a modificação de objetos e tecnologias por indivíduos ou grupos de indivíduos.

Trata-se, praticamente, de uma extensão da filosofia Do It Yourself (DIY) com alguns adendos: a cultura maker tem um propósito no campo educativo, além do uso de ferramentas e tecnologias modernas e do estímulo à inovação e à criatividade.

Na cultura maker, o aprendizado prático, no melhor estilo “mão na massa”, é valorizado e a colaboração é incentivada, para que o estudante aprenda a trabalhar em equipe.

Além disso, há uma preocupação constante com a sustentabilidade, um tema urgente e necessário, o que acontece por meio da reutilização de materiais e da criação de soluções com impacto ambiental positivo.

Veja também:

A cultura maker na educação

Um dos pontos mais interessantes da cultura maker na educação é entender quais tipos de aprendizado mais ajudam crianças e adolescentes. Vamos ver alguns deles e como se conectam à educação maker.

Aprendizagem cinestésica

A cultura maker, em sua essência, valoriza a aprendizagem cinestésica, já que a proposta envolve aprender em situações práticas. Essa intersecção acontece principalmente quando os alunos são desafiados a construir projetos reais, como a criação de circuitos elétricos ou de hortas orgânicas.

Aprendizagem visual

Neste tipo de aprendizado é comum e desejável a utilização de ferramentas como slides, diagramas e vídeos, pois são dispositivos que ajudam estudantes mais visuais a memorizarem informações e conceitos.

Aprendizagem auditiva

Neste formato é possível aprender ouvindo as explicações dos professores e compartilhando ideias com os colegas. Atividades em grupo e discussões em sala de aula sempre acontecem e são importantes. Não é a atividade pela atividade. Há sempre muita conversa e troca de ideias na busca pela melhor solução para cada problema.

Aprendizagem colaborativa

Um pilar fundamental da cultura maker é a colaboração. Os estudantes trabalham em equipe para desenvolver projetos, compartilhando seus conhecimentos e suas ideias. Dessa forma, temos um processo de aprendizagem ativo, significativo e engajador.

Muitas escolas têm adotado a cultura maker como abordagem pedagógica inovadora calcada no aprendizado prático, no pensamento crítico e na resolução de problemas
Muitas escolas têm adotado a cultura maker como abordagem pedagógica inovadora calcada no aprendizado prático, no pensamento crítico e na resolução de problemas - Banco de Imagens | iStock - @Aleksandr Bushkov

Quais os benefícios da cultura maker?

Muitas escolas têm adotado a cultura maker como abordagem pedagógica inovadora calcada no aprendizado prático, no pensamento crítico e na resolução de problemas. Há muitos benefícios agregados a esse modelo. Entre eles, podemos observar:

      • Construção do conhecimento acompanhando as diretrizes da BNCC
        Os alunos têm a oportunidade de construir um conhecimento mais profundo dos conceitos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC);
      • Colaboração e trabalho em equipe
        As atividades propostas são, geralmente, feitas em grupos. Nesse processo, o estudante desenvolve habilidades sociais, como: comunicação, negociação e respeito a opiniões diferentes das suas;
      • Habilidades socioemocionais e criatividade
        Como as crianças são incentivadas a explorar, a experimentar e a criar de forma livre e sem medo de errar, a criatividade é estimulada e os aspectos socioemocionais, fortalecidos;
      • Pensamento crítico e resolução de problemas
        Por serem desafiadas a buscar soluções para problemas práticos reais, as crianças desenvolvem seu pensamento crítico, por meio da análise, avaliação e necessidade de uma tomada de decisão assertiva;
      • Espírito empreendedor
        Esse tipo de cultura pode desenvolver habilidades empreendedoras nas crianças, uma vez que elas são colocadas em situações de identificação de oportunidades, planejamento, organização, gerenciamento de recursos e resiliência.

Quais atividades estão associadas à educação maker

Prototipagem

Os estudantes são convidados a colocar efetivamente suas ideias em prática, passando por etapas, como: ideação, desenho e planejamento, construção do protótipo, testes e apresentação.

Produtos ecológicos

Por meio da construção de itens sustentáveis, usando, para isso, materiais reciclados. Nessas atividades, há, também, a promoção da consciência ambiental.

Construção de robôs

Alguns projetos envolvem a construção de robôs e a articulação de conhecimentos dos componentes curriculares ciências e matemática.

Design de objetos 3D

Com o apoio de impressoras 3D, os estudantes podem criar protótipos e objetos personalizados. A imaginação rola solta!

Desenvolvimento e jogos

Outro caminho para a produção “mão na massa” é o desenvolvimento de jogos, desde a sua conceituação até o seu lançamento.

Marcenaria

A marcenaria está entre as atividades propostas pela cultura maker, pois os participantes aplicam conceitos de física e de matemática na construção de protótipos de madeira, por exemplo.

Produção audiovisual

A produção audiovisual é um projeto colaborativo que propõe aos estudantes a criação de conteúdos em diferentes formatos e gêneros. De live action à animação. De ficção a documentário.

Aplicações práticas da educação maker

Nas Escolas SEB, a cultura maker faz parte da rotina escolar já há muito tempo. A Escola SEB Portugal, de Ribeirão Preto, por exemplo, tem um projeto chamado Coclândia há mais de 30 anos.

Trata-se de uma minicidade que permite aos estudantes vivenciarem na prática conceitos de cidadania, como participarem de um processo eleitoral e de projetos envolvendo voluntariado.

Na Escola SEB Vila Velha (ES), há um projeto parecido, a Vilalândia, uma minicidade dentro das dependências da escola onde a criança passa por diversas vivências que fazem parte do convívio em sociedade, com atividades, como: votação para prefeito, aulas de trânsito e cuidados com a fazendinha, além de vivenciarem projetos envolvendo voluntariado.

Além disso, tem o Clube Maker, um programa extracurricular que propõe ao estudante o envolvimento em diferentes projetos, estimulando o desenvolvimento de habilidades empreendedoras, como a persistência e a proatividade.

A cultura maker e a tecnologia

Como é possível observar, há relações intrínsecas entre a cultura maker e a tecnologia. Há um alinhamento evidente entre as práticas da cultura maker e a educação 4.0 e a educação 5.0 que, resumidamente, são abordagens pedagógicas que integram todo o aparato tecnológico moderno, como inteligência artificial e internet das coisas, ao processo de aprendizagem, acrescentando ainda as camadas das competências socioemocionais nesse contexto. 

Curtiu saber mais sobre a cultura maker? Então, que tal conferir mais conteúdos como este e contribuir para um melhor e maior desenvolvimento integral dos seus filhos? Então, acesse o blog Novos Alunos e descubra!

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