O que é cultura maker e quais seus benefícios para a Educação
Na cultura maker, o aprendizado prático é valorizado e a colaboração é incentivada, para que o estudante aprenda a trabalhar em equipe
Imagina aprender o que se vê na teoria e ir além ao transformar o conhecimento em descobertas feitas com as próprias mãos? Essa abordagem revolucionária deixa marcas significativas na vida dos estudantes, pois é um processo capaz de despertar paixões e aptidões a serem desenvolvidas e que podem reverberar por toda uma vida.

Nesta matéria, o blog Novos Alunos, da Escola SEB, mostra como a cultura maker está transformando a educação. Confira:
O que é a cultura maker
Quando falamos em cultura maker, estamos nos referindo a um movimento que incentiva a construção e a modificação de objetos e tecnologias por indivíduos ou grupos de indivíduos.
Trata-se, praticamente, de uma extensão da filosofia Do It Yourself (DIY) com alguns adendos: a cultura maker tem um propósito no campo educativo, além do uso de ferramentas e tecnologias modernas e do estímulo à inovação e à criatividade.
Na cultura maker, o aprendizado prático, no melhor estilo “mão na massa”, é valorizado e a colaboração é incentivada, para que o estudante aprenda a trabalhar em equipe.
Além disso, há uma preocupação constante com a sustentabilidade, um tema urgente e necessário, o que acontece por meio da reutilização de materiais e da criação de soluções com impacto ambiental positivo.
Veja também:
A cultura maker na educação
Um dos pontos mais interessantes da cultura maker na educação é entender quais tipos de aprendizado mais ajudam crianças e adolescentes. Vamos ver alguns deles e como se conectam à educação maker.
Aprendizagem cinestésica
A cultura maker, em sua essência, valoriza a aprendizagem cinestésica, já que a proposta envolve aprender em situações práticas. Essa intersecção acontece principalmente quando os alunos são desafiados a construir projetos reais, como a criação de circuitos elétricos ou de hortas orgânicas.
Aprendizagem visual
Neste tipo de aprendizado é comum e desejável a utilização de ferramentas como slides, diagramas e vídeos, pois são dispositivos que ajudam estudantes mais visuais a memorizarem informações e conceitos.
Aprendizagem auditiva
Neste formato é possível aprender ouvindo as explicações dos professores e compartilhando ideias com os colegas. Atividades em grupo e discussões em sala de aula sempre acontecem e são importantes. Não é a atividade pela atividade. Há sempre muita conversa e troca de ideias na busca pela melhor solução para cada problema.
Aprendizagem colaborativa
Um pilar fundamental da cultura maker é a colaboração. Os estudantes trabalham em equipe para desenvolver projetos, compartilhando seus conhecimentos e suas ideias. Dessa forma, temos um processo de aprendizagem ativo, significativo e engajador.

Quais os benefícios da cultura maker?
Muitas escolas têm adotado a cultura maker como abordagem pedagógica inovadora calcada no aprendizado prático, no pensamento crítico e na resolução de problemas. Há muitos benefícios agregados a esse modelo. Entre eles, podemos observar:
-
-
- Construção do conhecimento acompanhando as diretrizes da BNCC
Os alunos têm a oportunidade de construir um conhecimento mais profundo dos conceitos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC); - Colaboração e trabalho em equipe
As atividades propostas são, geralmente, feitas em grupos. Nesse processo, o estudante desenvolve habilidades sociais, como: comunicação, negociação e respeito a opiniões diferentes das suas; - Habilidades socioemocionais e criatividade
Como as crianças são incentivadas a explorar, a experimentar e a criar de forma livre e sem medo de errar, a criatividade é estimulada e os aspectos socioemocionais, fortalecidos; - Pensamento crítico e resolução de problemas
Por serem desafiadas a buscar soluções para problemas práticos reais, as crianças desenvolvem seu pensamento crítico, por meio da análise, avaliação e necessidade de uma tomada de decisão assertiva; - Espírito empreendedor
Esse tipo de cultura pode desenvolver habilidades empreendedoras nas crianças, uma vez que elas são colocadas em situações de identificação de oportunidades, planejamento, organização, gerenciamento de recursos e resiliência.
- Construção do conhecimento acompanhando as diretrizes da BNCC
-
Quais atividades estão associadas à educação maker
Prototipagem
Os estudantes são convidados a colocar efetivamente suas ideias em prática, passando por etapas, como: ideação, desenho e planejamento, construção do protótipo, testes e apresentação.
Produtos ecológicos
Por meio da construção de itens sustentáveis, usando, para isso, materiais reciclados. Nessas atividades, há, também, a promoção da consciência ambiental.
Construção de robôs
Alguns projetos envolvem a construção de robôs e a articulação de conhecimentos dos componentes curriculares ciências e matemática.
Design de objetos 3D
Com o apoio de impressoras 3D, os estudantes podem criar protótipos e objetos personalizados. A imaginação rola solta!
Desenvolvimento e jogos
Outro caminho para a produção “mão na massa” é o desenvolvimento de jogos, desde a sua conceituação até o seu lançamento.
Marcenaria
A marcenaria está entre as atividades propostas pela cultura maker, pois os participantes aplicam conceitos de física e de matemática na construção de protótipos de madeira, por exemplo.
Produção audiovisual
A produção audiovisual é um projeto colaborativo que propõe aos estudantes a criação de conteúdos em diferentes formatos e gêneros. De live action à animação. De ficção a documentário.
Aplicações práticas da educação maker
Nas Escolas SEB, a cultura maker faz parte da rotina escolar já há muito tempo. A Escola SEB Portugal, de Ribeirão Preto, por exemplo, tem um projeto chamado Coclândia há mais de 30 anos.
Trata-se de uma minicidade que permite aos estudantes vivenciarem na prática conceitos de cidadania, como participarem de um processo eleitoral e de projetos envolvendo voluntariado.
Na Escola SEB Vila Velha (ES), há um projeto parecido, a Vilalândia, uma minicidade dentro das dependências da escola onde a criança passa por diversas vivências que fazem parte do convívio em sociedade, com atividades, como: votação para prefeito, aulas de trânsito e cuidados com a fazendinha, além de vivenciarem projetos envolvendo voluntariado.
Além disso, tem o Clube Maker, um programa extracurricular que propõe ao estudante o envolvimento em diferentes projetos, estimulando o desenvolvimento de habilidades empreendedoras, como a persistência e a proatividade.
A cultura maker e a tecnologia
Como é possível observar, há relações intrínsecas entre a cultura maker e a tecnologia. Há um alinhamento evidente entre as práticas da cultura maker e a educação 4.0 e a educação 5.0 que, resumidamente, são abordagens pedagógicas que integram todo o aparato tecnológico moderno, como inteligência artificial e internet das coisas, ao processo de aprendizagem, acrescentando ainda as camadas das competências socioemocionais nesse contexto.
Curtiu saber mais sobre a cultura maker? Então, que tal conferir mais conteúdos como este e contribuir para um melhor e maior desenvolvimento integral dos seus filhos? Então, acesse o blog Novos Alunos e descubra!
Grupo SEB
Além do blog, que trata sobre assuntos como educação bilíngue, período integral, ensino médio, vestibulares e Enem, você pode acompanhar o conteúdo do SEB por meio da página no Facebook, no perfil no Instagram e no canal do Youtube.