Vaquinha virtual quer entregar livros sobre educação inovadora a escolas públicas

Colabore, divulgue, apoie!

Por: Redação

Uma campanha de financiamento coletivo tem como objetivo levar 200 exemplares do “Guia de Sobrevivência da Educação Inovadora” para escolas indígenas, quilombolas, comunitárias, rurais, ribeirinhas, inclusivas e de movimentos sociais.

O autor do livro, Caio Dib, pretende enviar exemplares para fora do eixo Rio-São Paulo. Para colaborar, acesse a vaquinha virtual do guia.

Vaquinha virtual quer entregar livros sobre educação inovadora a escolas
Créditos: Divulgação
Vaquinha virtual quer entregar livros sobre educação inovadora a escolas

O texto é o resultado de um mapeamento sobre iniciativas educacionais transformadoras e os problemas que colocavam fim às boas ideias.

Dividido em 10 capítulos, o volume apresenta experiências de especialistas em educação e os desafios encontrados na área. Abaixo, leia um trecho.

Escola carente serão beneficiadas com vaquinha virtual
Créditos: Divulgação
Escola carente serão beneficiadas com vaquinha virtual

Uma rápida introdução: Por que escrevi este livro

Os últimos cinco anos fizeram muita diferença para a educação no Brasil. Até 2013, diversas iniciativas e soluções criativas para o setor aconteciam por todo o canto do país, mas eram pouco divulgadas e noticiadas. Sem falar que o contato entre os próprios educadores era bem acanhado, ao ponto de muitas práticas individuais ou até mesmo institucionais serem desconhecidas, inclusive nas suas próprias cidades.

Foi nessa época que eu decidi pedir demissão do emprego para me dedicar a entender o que acontecia pelas regiões do país. Caí na estrada durante cinco meses, indo do Pará até São Paulo para conhecer as realidades de 58 cidades, buscando educadores e projetos de todos os tipos que estavam transformando ou podiam transformar suas localidades. Lembro de andar pelas ruas, procurando por boas histórias, e ouvir tanta gente me responder: “Você quer boas histórias em educação? Precisa conhecer a minha!”  ou “Vou te apresentar minha tia!”  ou até mesmo “Vem comigo que vou te levar numa escola incrível!”. O resultado dessa viagem e das narrativas que conheci foi o livro Caindo no  Brasil:  uma viagem pela diversidade da educação e mais de 200 palestras pelo Brasil e EUA (sim, continuo na estrada).  Além disso, divulgo essas boas práticas no portal www.caindonobrasil.com.br.

O autor do livro, Caio Dib
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O autor do livro, Caio Dib

De lá para cá, uma porção de projetos como o Caindo no Brasil nasceram para localizar abordagens inovadoras e fortalecer as conexões dentro e fora da área  da educação.  Só para nomear alguns:  Volta ao Mundo em 13 Escolas, Quando Sinto que Já Sei, CONANE. Junto com eles, o ecossistema de educação e inovação evoluiu bastante. Institutos e fundações ganharam força, startups encontraram um terreno mais fértil e educadores começaram a ser valorizados em suas comunidades e na mídia.

Vivemos  um  novo  momento  da  educação  inovadora brasileira.  Agora,  o  desafio  é  outro.  Mais  do  que mapear e divulgar soluções criativas, precisamos ajudar  a  fortalecê-las.  Depois  dos  últimos  anos encontrando  práticas  inspiradoras,  percebi  que a vida de algumas iniciativas ainda é muito curta. Professores  e  educadores  de  ONGs  têm  dificuldade  de mantê-las rodando  pelo  tempo  necessário para que tenham o impacto que deveriam. Nos levantamentos que fazemos no Caindo no Brasil, muitos  desses  projetos  não  conseguem  passar  de  um ano  de  existência.

Mas afinal, o que é esse livro?

Este livro, porém, não falará sobre a realização de práticas inovadoras. Vou tratar aqui daquilo que estou chamando de “bastidores”. São 10  tópicos muito importantes que acontecem além da sala de aula e  que  considero  fundamentais  para  a  sustentabilidade do projeto educativo.

O  objetivo  principal  será  falar  sobre  esses  momentos a partir da experiência que  tive  entrevistando  e convivendo  com  educadores  inovadores  e  outros atores  desse  ecossistema de  inovação  e  educação  nos últimos  anos.  Além  disso,  resgato  meus  aprendizados como educador, num curso extracurricular com jovens  entre  10  e  14  anos.  Minha  proposta  era  que criássemos projetos para transformar o bairro onde eles moravam e estudavam. Pensando  e trabalhando juntos,  desenvolvemos  um  mapa  dos  pontos  positivos do  bairro,  instalamos  bicicletários  nos  comércios locais  e  até  mesmo  reformamos  uma  praça  em parceria  com  a  prefeitura  regional.  Mesmo  assim, senti que faltou  um olhar mais atento para alguns  dos  bastidores  que  tornassem  esse  projeto  realmente  sustentável.

A partir da investigação de projetos que estão acontecendo (ou aconteceram) no Brasil e da minha experiência  pessoal  em  sala  de  aula  que  disso  que  os 10  “bastidores”  para  garantir  a  sobrevivência  do  seu projeto  inovador  em  educação  foram  criado.  É  sobre eles  que  vamos  falar  nas  próximas  páginas.


Assista ao vídeo do canal Aula Incrível com a resenha do livro.