Ao vivo na Globo, mulher reclama de lotação no transporte: ‘vai morrer’
A passageira também não poupou uma alfinetada no governador de São Paulo, João Doria
Em mais uma situação inusitada, o repórter da TV Globo, Bernardo Bortolotto, estava na estação Corinthians-Itaquera, zona leste de São Paulo, nesta sexta-feira, 11, quando de repente uma mulher é avistada indicando para uma lotação de passageiros em meio à pandemia do novo coronavírus. “Vai morrer um monte de gente!”, disse a moça, que se chama Viviane.
Bernardo, que estava ao vivo para o telejornal matinal “Bom Dia SP”, tentou por alguns momentos parar alguém para entrevistar, mas estava receoso em atrapalhar o fluxo.
Foi aí que ele conseguiu enxergar a entrevistada em questão para realizar esse desabafo. Apontando para dentro da estação, Viviane constatou: “Multidão, ó! Vai morrer um monte de gente! Olha o tanto de gente!”, disse a moça ao vivo na Globo.
Reclamando com as autoridades
Viviane não poupou em reclamar das autoridades durante sua fala. “Eles falam que a gente tem que se manter longe, quieta em um canto, que não pode se mover, mas a gente tem que trabalhar, tem que ficar na multidão, no ônibus cheio, metrô cheio”, relatou.
A usuária de transporte público renegou o uso de máscara e também criticou o governador João Doria (PSDB): “Eu não consigo respirar, tenho falta de ar. Você acha isso legal? Não é, né? Ficar de máscara. E o governador está bem lá, né?!”.
Bortolotto acabou a entrevista dizendo que a indignação da passageira estava certa. “Ela já veio indignada de lá da escada, fazendo esses gestos. Um desabafo dela, que pega o metrô todos os dias e sabe das condições que enfrenta para chegar ao trabalho”, falou.
Relembre outra situação com Bernardo Bortolotto
No começo de setembro o repórter estava na Linha 11 – Coral da CPTM, quando foi surpreendido por uma entrevistada que deu uma resposta sincera à uma pergunta dele.
Ele, que também estava ao vivo no “Bom Dia SP” falando sobre os problemas diários do transporte público na capital, parou a mulher que subia com pressa a escala rolante para entrar no trem.
O jornalista questionou: “Como está o transporte público esses dias?”. Sem pensar duas vezes, ela responde: “Posso ser sincera? Uma bosta!”.