Apresentadora da Record é intimada a depor em caso de agressão

Silvye Alves é alvo de dois processos movidos pelo ex-namorado, Ricardo Hilgenstieler, a quem o acusa de agressão

A jornalista Silvye Alves, apresentadora do ‘Cidade Alerta Goiás’, da Record TV, vez nova denúncia contra o ex-namorado, o empresário Ricardo Hilgenstieler, a quem acusa de agressão.

“E a violência não para. O agressor entrar na Justiça para calar a vítima? Meu Deus!”, escreveu a apresentadora da Record em uma publicação no Instagram na quarta-feira, 1.

Apresentadora Silvye Alves, da afliada da Record TV em Goiás,  faz desabafo contra o ex-namorado
Créditos: Reprodução/Instagram @silvyealves
Apresentadora Silvye Alves, da afliada da Record TV em Goiás,  faz desabafo contra o ex-namorado

No desabafo, a apresentadora exibiu a intimação que recebeu para depor no caso em que acusa ex-namorado de ter invadido seu apartamento em junho e a agredida. As agressões teriam ocorrido na frente do filho de 11 anos da jornalista,

Silvye Alves é alvo de dois processos movidos por Ricardo Hilgenstieler. Segundo o UOL, a intimação foi definida por meio de uma das ações em 23 de agosto.

“A questão é que, apesar de estar frágil, sou muito forte e não me calo diante de tamanha dor que senti e de tudo com que estou lutando para me reconstruir. Quanta covardia de um ser que afirma estar perdendo dinheiro devido à notoriedade da agressão. Luz e paz a todos! Em oração sempre!”, finalizou Silvye na publicação.

Diversos internautas mandaram mensagens de apoio à jornalista Silvye Alves, entre eles as cantoras Simone e Simaria. “Deus está contigo, e a gente também! Não se cale!”, pediram as as sertanejas.

O empresário Ricardo Hilgenstieler, chegou a ser preso no dia das agressões, mas foi solto ao passar por audiência de custódia em Goiânia e pagar R$ 11 mil de fiança.

Silvye Alves, apresentadora do ‘Cidade Alerta Goiás’, da RecordTV,
Créditos: Reprodução/Instagram
Silvye Alves, apresentadora do ‘Cidade Alerta Goiás’, da RecordTV,

Briga entre marido e mulher se mete a colher, sim!

Segundo o ditado popular, brigas entre casais devem ser ignoradas por terceiros. Mas, vale lembrar que muitos dos casos de violência doméstica, como o de Quesia Freitas, não são denunciados pela vítima por inúmeros motivos. Medo ou falta de informação inclusos. Então, meta a colher, sim! Qualquer pessoa pode – e deve – dar queixa desses casos.

Outra situação comum é achar que a denúncia “não vai dar em nada” contra o agressor, uma vez que nem sempre as circunstâncias e as leis permitem que ele seja detido ou punido no momento da denúncia.

Mas não se engane! A presença da polícia no local, por exemplo, pode inibir ações mais violentas naquele momento ou até no futuro.

Mas como denunciar violência doméstica?

Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.

Disque 180

O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.

Disque 100

O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.

Polícia Militar (190)

A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.

Delegacia da Mulher

Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.