BBB20: Hadson chama Pyong de ‘bicha’ e é massacrado na web

Esta não é a primeira vez que o hipnólogo é vítima de comentários homofóbicos no reality show

06/02/2020 22:28 / Atualizado em 11/02/2020 00:50

Hadson (Pipoca) causou revolta do público mais uma vez na noite desta quinta-feira, 6, no Big Brother Brasil (BBB20). O ex-jogador de futebol chamou Pyong (Camarote) de ‘bicha’ após o hipnólogo tentar defender Daniel.

Hadson atacou Pyong com xingamento homofóbico no BBB20
Hadson atacou Pyong com xingamento homofóbico no BBB20 - Reprodução/Globo

Tudo começou quando um dos mais odiados desta edição do reality show chamou o ex-integrante da Casa de Vidro para conversar, juntamente com Lucas (Pipoca) e Felipe (Pipoca), no jardim. “Por que você falou que a Marcela estava certa?”, questionou. “Porque ela está certa. Não vou falar as frases para vocês, respeitem as gurias”, rebateu Daniel.

Pyong, que estava na cozinha da Xepa, do lado de fora da casa, ficou incomodado com a forma de falar dos brothers  e interviu: “Toda hora a gente entra aqui parece que estão pressionando o moleque”. Hadson, então, rebateu: “Por que esse cara está se intrometendo? O que esse bicha está falando?”.

No mesmo instante, os internautas espalharam o vídeo da ofensa contra Pyong no Twitter e iniciaram mais uma campanha contra Hadson. Confira:

https://twitter.com/_kah_/status/1225583795623079937

https://twitter.com/sherrisos/status/1225585019571392512

https://twitter.com/leticeu/status/1225581957830135808

https://twitter.com/leticeu/status/1225578660398346240

Embora Pyong seja heterossexual, tem demonstrado constantemente na casa um comportamento longe dos estereótipos que fomentam a masculinidade tóxica – que pode ser vista claramente em Hadson, Lucas e Felipe. Mesmo assim, o ataque do ex-jogador é considerado, sim, homofobia.

Como identificar a homofobia

Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.

Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.

Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.

Como denunciar pela internet

Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.

Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.

Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.

Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.

Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.

Delegacias

Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.

As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).

Em alguns estados brasileiros, há órgãos públicos que fazem atendimento especializado para casos de homofobia. Leia a matéria completa no LINK.

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