Caso Rafael Miguel completa 1 ano com novas provas sobre assassino

Paulo Cupertino Matias passou por várias cidades com a ajuda de um amigo antes de, talvez, deixar o país

O caso do assassinato de Rafael Miguel e seus pais, João Alcisio e Miriam Selma, completa um ano nesta terça-feira, 9, sem um desfecho para o crime. Isso porque o assassino dos três, Paulo Cupertino Matias, pai da namorada do ator, Isabela Tibcherani, está foragido da polícia desde então.

Carro usado por sogro de Rafael Miguel para fugir foi encontrado no início das investigações
Créditos: Reprodução/Instagram
Carro usado por sogro de Rafael Miguel para fugir foi encontrado no início das investigações

O criminoso já chegou a entrar na lista da Interpol e nem assim as autoridades sabem de seu paradeiro.

Segundo reportagem do SP2, da Globo, Cupertino deixou a cidade no dia que cometeu os crimes e até o momento acumula uma dívida de R$10 mil de aluguéis e impostos atrasados da casa onde morava e da loja de autopeças onde trabalhava, no bairro Pedreira, zona sul de São Paulo (SP).

Em fevereiro deste ano, a polícia teve acesso a uma das pessoas que ajudou na fuga de Paulo, um amigo dele chamado Vanderlei Antunes Ribeiro Senhora. O motorista de aplicativo confirmou que se encontrou com Cupertino no mesmo dia dos crimes, e que recebeu um chamado para ir se encontrar com o fugitivo às 19h na rodoviária de Sorocaba, interior do Estado.

Vanderlei contou ter levado Cupertino para a casa dele na cidade e disse que deixou Paulo tomar banho, trocar de roupas e lhe deu o celular da mãe dele. Depois, eles foram à cidade de São Pedro, a 200km da capital. Cupertino queria se esconder na casa de uma amiga, mas ela não permitiu.

Paulo Cupertino Matias é o principal suspeito pela morte de Rafael Miguel e seus pais
Créditos: Divulgação/Polícia Civil
Paulo Cupertino Matias é o principal suspeito pela morte de Rafael Miguel e seus pais

Paulo Cupertino apareceu em Campinas três dias depois ter matado a família. Ele pegou R$5 mil do amigo Vanderlei e os dois entraram na rodoviária da cidade. O amigo comprou uma passagem de ônibus para Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, cidade que faz fronteira com o Paraguai, e deixou que ele viajasse com sua carteira de motorista e com nome falso.

Os demais detalhes da investigação estão sob segredo de Justiça.

Enquanto o crime não é desvendado, Camilla Miguel, irmã de Rafael Miguel, relembrou a tragédia que tomou de sua família por meio de um vídeo publicado em seu Instagram.

Emocionada, Camila prestou uma homenagem em forma de desabafo. “Oi, mãe. Oi, pai. Oi, Rafa. Hoje faz um ano que a gente não está mais junto presencialmente. Pensei muito em escrever um texto, mas não é um dia para isso. Realmente não consigo estruturar e colocar para fora. Eu só queria conversar com vocês”, começou.

A jovem ainda comentou que conversa com eles por meio de sonhos: “Sinto falta e o que mais queria era isso. De alguma forma, tive um bloqueio esse ano para parar e conversar. Nos falamos um pouco em sonhos, mas muito pouco, talvez por um bloqueio meu, mas acho que a gente vence em etapas. Para quebrar esse bloqueio, resolvi fazer isso em vídeo porque, às vezes, sei que falo melhor, já que eu tenho costume”, completou.

Camilla é irmã mais velha de Rafael Miguel, ator de “Chiquititas”
Créditos: Reprodução/Instagram
Camilla é irmã mais velha de Rafael Miguel, ator de “Chiquititas”

Camila então mandou um recado para a sua mãe. “Eu não sei se você está bem onde você está. Você aparece muito pouco pra mim nos sonhos […] Hoje me vejo parecida com você”, disse.

Ao recordar do pai, Camila confessou: “Sempre lembro de você, dos seus momentos, da sua voz. Você era uma pessoa muito maravilhosa. Não conheço ninguém que não amava você. Você tinha o tom de chegar em qualquer lugar, sem conhecer ninguém, e tomar conta, conversar”.

Já sobre Rafael, Camila relembrou: “A minha referência de infância foi com você […] Te meti em cada uma. Você sempre foi o meu parceiro”.

Por fim, a jovem encerrou com um pedido aos internautas: “Eu quero que todas as pessoas pensem em vocês, não só na revolta […] Para a nossa família seguir sem esse sentimento que apodrece tanto”.