Defensora de Bolsonaro, Record critica postura do presidente diante da vacina
Emissora do bispo Edir Macedo não conseguiu passar pano para a irresponsabilidade do governo federal no controle da pandemia do novo coronavírus
Defensora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nem mesmo a Record TV conseguiu defender a postura do presidente diante da aprovação da vacina contra a covid-19 no Brasil. Apesar de não ter mostrado o conflito explícito entre o governador de São Paulo, João Doria, e o governo federal, a emissora do bispo Edir Macedo teceu críticas contra o presidente por meio de seu principal telejornal, o “Jornal da Record”.
O jornal destacou a falta de entusiasmo de Bolsonaro frente à notícia da aprovação emergencial da vacina pela Anvisa, e relembrou o fato de o presidente ter atrapalhado a negociação para a compra da CoronaVac em outubro de 2020.
A âncora Christina Lemos fez uma observação de que Bolsonaro demorou um dia para falar sobre a decisão da Anvisa: “O presidente Bolsonaro se manifestou hoje, pela primeira vez, sobre a aprovação das vacinas pela Anvisa”, disse a jornalista.
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O “Jornal da Record” também mostrou o momento em que Bolsonaro diz que a vacina CoronaVac “não é de nenhum governador, é do Brasil”. Em seguida, a repórter Renata Varandas completou: “A declaração marca uma mudança de posição do presidente. Em outubro, ele chegou a suspender um acordo do Ministério da Saúde com o Instituto Butantan para comprar 46 milhões de doses da CoronaVac.”
A mesma repórter disse que o vice, Hamilton Mourão, foi “econômico nas palavras” ao dizer o que sentiu ao ver a primeira pessoa vacinada no Brasil. A fala original dele é: “eu não sinto nada disso aí”.
O programa também afirmou: “A falta de um plano nacional de vacinação concreto fez com que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, determinasse que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresente um plano com datas e doses atualizadas”.
Após a reportagem, o “Jornal da Record” apresentou uma pesquisa de avaliação da gestão Bolsonaro realizada pelo XP/Ipespe. Os dados mostram um aumento de “ruim/péssimo” de 35% para 40% e uma queda de 38% para 32% dos que acham “ótimo/bom”, de dezembro para janeiro.