Fernanda Paes Leme chora ao desabafar sobre congelar óvulos: ‘não é fácil’
"Era um assunto proibido pra mim, não porque eu tivesse alguma aversão, mas justamente pela cobrança externa de ter filhos", disse a apresentadora
Fernanda Paes Leme contou no “Pod Delas” sobre o seu processo de congelamento de óvulos. Com 38 anos, a apresentadora disse que devido ao estresse ainda não conseguiu terminar o procedimento e chorou ao falar sobre o assunto.
“Eu não fui [na Farofa da Gkay] porque foi exatamente o momento que decidi que ia congelar óvulo. Eu tinha feito os exames e comecei o procedimento, que não é muito agradável, de hormônio, você fica mexida“, começou Fernanda.
Fernanda afirmou que resolveu esperar o próximo ano para tentar congelar os óvulos e assim fazer o sonho da maternidade no futuro. “Isso foi um assunto que me estressou tanto que eu não consegui congelar. Eu tentei as primeiras doses e não estava respondendo tanto. A gente preferiu parar e tentar ano que vem. Me prejudicou tanto essa cobrança (de ir à festa), que eu deixei de lado”, acrescentou.
Fernanda afirmou que não é um procedimento fácil e não falou anteriormente por causa das cobranças que recebe para se tornar mãe, mesmo estando realizada em outros quesitos.
“Não é fácil me expressar em relação a isso, porque não é fácil todo processo que envolve uma possível gravidez, em um futuro próximo ou ‘distante’. Mas por um bom tempo, era um assunto proibido pra mim, não porque eu tivesse alguma aversão, mas justamente pela cobrança externa de ter filhos”, começou, na legenda.
Fernanda acrescentou: “Não importava o quanto eu tivesse bem resolvida em relação à minha carreira, minha família, meus amigos, meus relacionamentos, o assunto ‘filhos’ era sempre lembrado de duas formas. A 1ª porque eu não quis ter ainda e a 2ª era se por conta disso eu congelei óvulos. Eu sou uma mulher esclarecida, consciente do meu corpo, me cuido, me adoro e sei de todos os meus tempos e processos”.
Finalizando a fala, ela disse que é injusto as mulheres serem cobradas para ter filhos, quando as pessoas nem sabe se ela querem ou podem gestar. “Ser cobrada pelo que acontece internamente em nosso corpo é cruel. Se cobrada por um processo que muitas vezes nem está ao nosso alcance ou da medicina é cruel. Filhos não se cobra. Gravidez não se cobra. Congelamento de óvulos então… Nem toda mulher nasceu pra maternidade e nem toda mulher tem condições plena de exercer a maternidade”, finalizou.