KondZilla: produtora que domina o funk em SP expande para o Rio

08/12/2017 09:27

Konrad Dantas, 28 anos, nasceu na periferia de Guarujá, litoral de São Paulo. Ele é empresário, produtor independente brasileiro e o nome por trás da KondZilla, que domina a divulgação de conteúdo audiovisual musical no YouTube, sobretudo, quando o assunto é o funk paulista.

São mais de 22 milhões de inscritos no canal e mais de 11 bilhões de visualizações. Uma marca que atingiu números gigantescos e ultrapassou a figura física. “Eu vejo a KondZilla como uma holding”, definiu Konrad.

A companhia reúne a KondZilla Records, um selo musical que representa artistas de funk, faz a distribuição digital e o planejamento de carreira; a KondZilla Films, que é a produtora de conteúdo musical; o canal KondZilla no YouTube, a principal mídia da empresa; o setor que divulga roupas, bonés e acessórios da marca; além do KondZilla.com, uma plataforma dedicada a promover o comportamento do público jovem de periferia.

Konrad Dantas em painel no auditório Unlock, da CCXP
Konrad Dantas em painel no auditório Unlock, da CCXP - André Conti / Galpão de Imagens

Mas ele e sue equipe não param por aí. Durante entrevista em painel na CCXP (Comic Com Experience) 2017, maior evento geek do mundo, que acontece em São Paulo de 7 a 10 de dezembro, o produtor afirmou que vai expandir os negócios para o Rio de Janeiro. “A ideia para o ano que vem é chegar com força total ao Rio”, disse.

Com um modelo de negócio baseado na veiculação no YouTube, com audiência de 870 milhões de visualizações por mês, “os artistas querem estar nessa prateleira”, explicou. MCs como Guimê, Bin Laden, Kevinho e Tati Zaqui fazem parte do time de clientes.

“Eu não esperava que o canal passasse de 10 milhões de inscritos. A ideia era chegar aos 3,5 milhões. A gente identificou que o público de São Paulo que consumia o funk ostentação, entre 2008 e 2012, era basicamente isso”, relembrou. “Não tinha muita perspectiva para aumentar esses números, a não ser que o funk rompesse a bolha da favela e começasse a dialogar com outros públicos. Aí não tem limite. E foi isso o que aconteceu.”

Para Konrad, ainda há muito preconceito em relação ao gênero musical em questão. Mas ainda bem que a KondZilla está aí para invisibilizar talentos e, sim, mostrar que o funk é arte.