Leitura labial aponta ofensa homofóbica de Neymar a González
Brasileiro acusa zagueiro espanhol Álvaro González, do Olympique de Marseille, te racismo
Reviravolta no caso Neymar? Um novo elemento surgiu na polêmica envolvendo a estrela do Paris Saint German e o zagueiro espanhol Álvaro González, do Olympique de Marseille, que teria feito ataques racistas ao brasileiro.
O canal espanhol “Gol” fez uma leitura labial da discussão entre os dois jogadores e flagrou possíveis insultos homofóbicos do brasileiro contra o espanhol.
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De acordo com o vídeo divulgado (veja abaixo), Neymar teria chamado Álvaro González de ‘puta maricon’ (puto viado, em tradução livre). O xingamento seria uma resposta aos insultos racistas proferidos pelo rival espanhol.
Em nota, a “Télefoot” –a emissora responsável pela transmissão do jogo do último domingo entre PSG e Olympique de Marseille– informou que não encontrou insultos racistas nas imagens disponíveis do partida.
Donc en décorticant les images qui innocentent pour le moment Álvaro González on s'aperçoit que Neymar aurait dit “Puto maricon“. Propos à caractère homophobe.
Alors #NeymarHomophobe ?pic.twitter.com/xscIvyI1kS
— 𝐕𝐢𝐧𝐜𝐞𝐧𝐳𝐨 𝐓𝐨𝐦𝐦𝐚𝐬𝐢 (@Vincent1393bis) September 16, 2020
Segundo a emissora, foi possível identificar apenas ofensas de Álvaro ao atacante brasileiro, mas sem conteúdo racista.
Neymar acusa González de tê-lo chamado de “macaco filho da p…”. O brasileiro chegou a relatar os atos preconceituosos durante a partida e, no fim do jogo, desabafou às câmeras logo depois de ser expulso por ter dado um tapa em Álvaro – em um lance revisto pelo VAR.
Nesta quarta-feira, uma Comissão Disciplinar irá julgar Neymar, os outros quatro expulsos na partida, além do argentino Di María, por ter sido flagrado cuspindo em direção a Álvaro González.
O jogador brasileiro pode pegar punição de quatro a sete jogos por conta da agressão desferida ao adversário.
Saiba o que fazer e como denunciar casos de homofobia
Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.
Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.
Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano. Entenda como denunciar.