Lizzo dá um baile em jornalista da Folha durante entrevista sem noção
A cantora, ao lidar com diversas perguntas repletas de machismo e gordofobia, não se abalou e deu uma grande aula ao repórter
A cantora Lizzo, em visita ao Brasil para um show, deu um baile em jornalista da ‘Folha de S.Paulo’ durante uma entrevista sem noção. Ela, que levou três Grammys neste ano, teve que lidar com diversas perguntas repletas de machismo e gordofobia, mas não se abalou e deu uma grande aula de feminismo ao repórter.
Após ser perguntada sobre : “Como as pessoas reagiram inicialmente, nos EUA, quando eles viram você e perceberam que você não segue todos os padrões físicos de beleza?”, Lizzo foi certeira: “Acho que todos pensaram: ‘Uau, ela é tão bonita! Ela é perfeita’, você sabe… E eu dizia ‘eu sei’, respondeu a cantora dando uma boa risada.
Depois o jornalista ainda pergunta: “Mas você acha que o seu sucesso é porque você é diferente do que estamos acostumados a ver?”.
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“Eu não acho que seja por causa disso que sou bem sucedida. Eu acho que sou bem sucedida porque sou muito talentosa e trabalhei duro. Eu acho que o que você vê é definitivamente o que você tem”, respondeu a cantora.
Lizzo ainda deu uma aula de feminismo. “Eu penso que mulheres sempre vão ser criticadas por existirem em seus corpos e eu não acho que seja diferente de qualquer grande mulher que veio antes de mim. Elas tiveram que ser politizadas por serem sexualizadas. Você entende o que eu quero dizer? Existem coisas nelas que são bonitas ou chamadas de falhas e elas persistiram e lutaram contra isso”.
Confira a íntegra da entrevista:
Na Web, internautas vibraram com as respostas de Lizzo; Confira a repercussão:
https://twitter.com/wizguh/status/1227606053921136641?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1227606053921136641&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.uol.com.br%2Funiversa%2Fnoticias%2Fredacao%2F2020%2F02%2F12%2Fgordofobia-machismo-e-tamanho-de-penis-lizzo-da-aula-em-entrevista.htm
https://twitter.com/sandyaamorim/status/1227567727528882176?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1227567727528882176&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.uol.com.br%2Funiversa%2Fnoticias%2Fredacao%2F2020%2F02%2F12%2Fgordofobia-machismo-e-tamanho-de-penis-lizzo-da-aula-em-entrevista.htm
O que machismo?
O machismo é o preconceito que se opõe à igualdade de direitos entre os gêneros, favorecendo o gênero masculino em detrimento ao feminino. Em bom português: é toda a opressão sofrida por mulheres e produzida por homens.
Por exemplo, uma pessoa machista é quem acredita a mulher não deve se portar e ter os mesmo direitos de um homem ou que julga a mulher como é inferior ao homem em aspectos físicos, intelectuais e sociais.
O pensamento machista é totalmente cultural e pode vir de todo canto da sociedade, independente da classe social, posição política, religião ou família.
Por ter sido tratado como algo normal por muito tempo, há apenas algumas décadas esse comportamento é problematizado, especialmente pelos movimentos feministas, que lutam pela igualdade de gênero.
E mesmo com o avanço da luta feminista, não é todo mundo que concorda que o machismo deve ser combatido. Isso faz com que, mesmo com os esforços feministas, ele ainda esteja presente em tantos ambientes.
É importante lutar contra o machismo porque…
- – Das 500 maiores empresas do mundo, menos de 5% possuem CEO’s mulheres;
- – As mulheres realizam 6 vezes mais os afazeres domésticos do que os homens;
- – 62% dos homens acreditam que é dever deles sustentar a família;
- – 51% das mulheres concordam com os homens acima;
- – 1 em cada 3 mulheres sofre algum tipo de violência doméstica ao longo de sua vida;
- – A cada 2 segundos, uma garota menor de idade é forçada a se casar;
- – 1/3 dos países não entende violência doméstica como crime;
- – Mais de 200 milhões de garotas e mulheres foram obrigadas a passar por mutilação genital;
- – 87 mil mulheres foram vítimas de feminicídio em 2017 no mundo;
- – 58% delas foram assassinadas por conhecidos ou familiares;
- – Acontece 6 feminicídios por hora em todo o planeta;
- – No Brasil, 1200 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2018;
- – Isso é 4% a mais do que em 2017.