MasterChef pega carona na pandemia para promover ação social no Brasil
Vencedores doarão dinheiro para instituições de caridade no momento mais crítico do país
Ana Paula Padrão, Paolla Carosella, Henrique Fogaça e Erick Jacquin se reuniram nesta terça-feira, 7, com Marisa Mestiço, diretora do MasterChef Brasil, para falar sobre as expectativas com relação ao novo formato do reality show gastronômico, que estreia dia 14 de julho, em meio à pandemia do novo coronavírus.
A apresentadora do programa acredita que a maior inspiração do novo programa está na conquista de relacionar a atração de TV com uma causa social. Com a vitória de um candidato por semana, uma instituição de caridade brasileira vai se beneficiar com um prêmio em dinheiro.
“Toda vez que um participante ganha, uma instituição beneficente também ganha. A pessoa que ganhou leva o troféu, outros prêmios, e a cada episódio tem um premio em dinheiro. E isso acontece no programa por ele estar mais parecido com o Brasil que é de hoje”, disse ela à Catraca Livre.
- Tempero Outback: o toque que faltava no MasterChef Brasil
- Henrique Fogaça anuncia grandes mudanças no MasterChef 2022
- Helena Rizzo é aclamada em sua estreia no MasterChef Brasil
- Ana Paula Padrão dá spoiler de cantor famoso no próximo MasterChef
Segundo a jornalista, a ideia é que o público se aproxime ainda mais do programa e se contagie com as causas sociais neste momento delicado de pandemia. “Todo mundo está mais solidário, mais coletivo”, disse ela sem deixar de dar uma alfinetada àqueles que continuam disseminando ódio e egoísmo. “Se não está [solidário], deveria estar. O programa tem preocupações que o Brasil todo tem hoje”, completou.
Já a chef Paola acredita que as mudanças não vão interferir em nada na qualidade do programa. Pelo contrário. A aproximação com o público só tende a aumentar com o novo formato.
“Acho que a culinária é estar junto, não estar grudado. Tem a ver com compartilhar e se emocionar junto. [O programa] Nunca foi de um cozinheiro ficar cozinhando grudado no outro. Sempre foi o cozinheiro cozinhando para ele mesmo. E as provas dessa temporada foram pensadas em cozinhas populares, com produtos mais acessíveis para quem está em casa. E isso é uma forma de união também. Quando a história que se conta é mais de todos. Não estamos tão perto de pele, mas sim de coração”, declarou.
Henrique Fogaça concordou com a colega e exaltou um ponto positivo na pandemia: a autonomia que as pessoas criaram na cozinha em tempos de quarentena. “Às vezes, há males que vem para o bem. Nesse caos que a gente está vivendo, muita gente se viu obrigado a cozinhar e se encontrou nisso. Quem tem muita informação não sabe o que quer nem o que fazer com ela. E eu entendo a cozinha como um refúgio”, destacou ele.
MASTERCHEF X MESTRE DO SABOR
Ao ser questionada sobre o espaço que o Mestre do Sabor, da Globo, criou nos últimos meses, a diretora Marisa Mestiço disse que não há com o que se preocupar e acredita que a concorrência por audiência é saudável.
“Acho que somos os pioneiros. Imagino que a gente acaba abrindo porteiras para quem veio depois. Concorrência é algo saudável, faz a gente sair do eixo, e acho natural que a gente tenha uma relação saudável. A gente se concentra no próximo passo, não vou ficar preocupada com quem vem atrás”, disse ela que contou com o complemento de Jacquin: “Concorrência? Que concorrência?”, brincou o jurado.