Vítima de gordofobia no Casamento às Cegas se pronuncia
Amanda Souza, que passou por uma situação constrangedora no reality, veio a público compartilhar o que está sentindo no momento
Amanda Souza, participante de Casamentos às Cegas Brasil, da Netflix, se pronunciou sobre o episódio de gordofobia que sofreu dentro do reality show. Como o próprio nome da atração diz, os laços matrimoniais são construídos sem que os participantes possam ver a imagem um do outro até que se concretize o casamento.
No entanto, a consultora de imagem passou por uma situação constrangedora, vivida por muitas pessoas que tem corpos fora do padrão, ao ser rejeitada assim que o parceiro teve a oportunidade de vê-la pessoalmente, mesmo que os dois tenham criado a tal “conexão” que o programa instiga os casais formados terem.
Gordofobia no Casamento às Cegas
A conduta considerada gordofóbica pelo público foi de Paulo Simi Lopes, antes de rejeitar a parceira no programa, o rapaz tinha dito estar apaixonado e até chegou a fazer o pedido de casamento. “Eu me apaixonei por uma voz doce, engraçada, que me fez ter um chão e acreditar que o amor existe”, declarou ele, antes de conhecer a futura esposa.
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Em entrevista nos bastidores, Paulo disse que não era homem o suficiente para lidar com uma mulher como ela. “Não sei se aguento o rojão de ter uma mulher forte do meu lado”, disse.
Amanda e Paulo foram desclassificados do reality. Mas, segundo as redes sociais, o participante reencontrou Bruna Luana, outra participante da edição, fora do programa e os dois estão em um relacionamento. Na descrição do perfil, os dois trazem um anel de noivado com o nome dos respectivos parceiros.
Pronunciamento
Pelo Stories do Instagram, Amanda, que já acumula mais 30 mil seguidores na plataforma, veio à público nesta quinta-feira, 29, para comentar sobre a cena que aconteceu na segunda temporada de “Casamento às Cegas Brasil”.
“Bom dia, eu tô viva gente, tô aqui, é estranho porque agora tem um monte de gente, parece que a sala de casa tá lotada, então bem-vindos, todo mundo quem tá ai, quem chegou, quem só me conheceu no programa, ai [agora] vocês tem a oportunidade de me conhecer mais, então fiquem a vontade, a casa é vocês. Eu passei aqui pra da oi, [pra dizer] que tô viva e assustada porque tem muita gente aqui – o que é maravilhoso – mas tem muita mensagem, tem muita coisa, eu tô meio passada, mas eu tô bem”, começou falando.
“E assim gente, eu tô realmente bem com o que aconteceu, tá tudo bem! Lógico que pós-gravação eu tive um tempo de digerir tudo e ontem eu assisti junto com vocês a edição, então eu sei o que vivi mas eu não sabia como isso ia ser retratado, foi estranho e doloroso de novo, obviamente, mas tá tudo bem comigo. Como eu disse, tem sempre a ver com outro, a expectativa do outro, a fotografia do outro, e não comigo. Eu me respeito e me amo demais, é a minha voz porque é o que eu acredito e como eu me sinto, saibam que tá tudo bem”, continuou.
“Quero agradecer o carinho de quem já me conhecia, todo mundo que chegou, fui extremamente abraçada por vocês, lindo, emocionante mesmo, ao mesmo tempo é um pouquinho assustador. Então, quero agradecer o carinho de todo mundo comigo, de verdade, todas as mensagens! Eu não consegui ler e responder ainda, mas eu vou porque eu tô aqui pra isso, é o que move meu trabalho, então eu vou falar com vocês, responder vocês, mas vai demorar gente, nem imaginava isso, mas quero agradecer muito o carinho de quem tem assistido e vindo aqui me dizer palavras lindas, me dar carinho, colo, conforto, tô muito feliz com esse carinho”, finalizou a participante do reality show.
Perguntada como foi recebida pela produção do reality e como se sentiu com a edição da Netflix sobre o preconceito que sofreu, Amanda fala que o acolhimento veio a partir do momento que contaram sua história.
“Nunca teve uma mulher gorda, nunca se contou a história de alguém que não casou, e mostraram a minha história. Isso é uma acolhida. Mulheres como eu estão assistindo e se olham no espelho querendo se encaixar. Ativa nossos gatilhos, mas também conforta. É uma forma de combatermos a gordofobia, colocando a cara no sol”, disse