“Currículo cego” diminui a discriminação na disputa por uma vaga

Imagine um mundo em que as pessoas pudessem se candidatar a vagas de emprego exclusivamente pelo conhecimento e pela habilidade profissional. O candidato teria chances reais de conseguir a aprovação sem se preocupar com discriminação, sem ser barrado pelo nome, cor da pele, gênero, nacionalidade, aparência… Isso é possível por meio de um método chamado de “currículo cego”.

Essa prática ganhou força na Europa desde que David Cameron, quando era primeiro-ministro britânico, decidiu combater a discriminação no mercado de trabalho.

Com o “currículo cego” todos têm chances equitativas de mostrar o que realmente importa para as empresas: competência.

Na Europa, França, Alemanha, Suécia, Holanda, Finlândia e Espanha adotaram a prática em alguns setores. A ideia é a de que companhias com mais de 50 funcionários usem o método para a contratação de, pelo menos, um funcionário. BBC, HSBC e Deloitte, por exemplo, se prontificaram a fazer isso.

“Currículo cego” combate a discriminação, mas só até chegar na fase de entrevistas
Créditos: Getty Images/iStockphoto
“Currículo cego” combate a discriminação, mas só até chegar na fase de entrevistas

De lá pra cá, o “currículo cego” vem timidamente ganhando espaço em empresas de todo o mundo.

A iniciativa é interessante, pelo menos na primeira fase de seleção. Ao chegar na hora da entrevista, caso o recrutador tenha algum tipo de preconceito, o candidato não terá o mesmo benefício da “cegueira”. No Brasil, as mulheres ainda ganham menos do que os homens.

De qualquer modo, fica a dica para empresas que queiram mostrar que buscam profissionais verdadeiramente gabaritados para exercer a função para qual foram contratados –jogando o preconceito para escanteio.

E você, o que acha do “currículo cego”?

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