Torcedores brasileiros assediam jornalista russa na Copa do Mundo

"O sentimento não foi nada bom, foi triste", afirmou a repórter que produzia matérias para o iG Esporte

O vídeo foi publicado pelo iG Esporte

O assédio sexual tem sido recorrente durante a Copa do Mundo na Rússia. Após a repercussão de um vídeo em que brasileiros constrangem uma mulher com frases machistas, uma jornalista russa que produzia matéria para o iG Esporte foi alvo de um grupo de 14 torcedores, a maioria vestindo a camisa verde e amarela.

De acordo com o relato da repórter, ela tentava gravar entrevistas com brasileiros quando foi assediada pelo grupo. Confira o vídeo neste link.

“Na hora eu não percebi, estava bem ansiosa porque tentava fazer a entrevista em português e eles estavam cantando para mim. Não prestei atenção nas palavras, só percebi depois que vi o vídeo de novo. O sentimento não foi nada bom, foi triste. Eles pareciam ser divertidos, mas na verdade não foi nada legal. Você não espera algo assim, você espera coisa boa, e então acontece isso”, afirmou a russa.

Um dos torcedores chama a jornalista de “gracinha” e depois se junta aos outros para cantar uma música desrespeitosa. Em seguida, eles fazem referência ao órgão genital feminino.

Outros vídeos

Outros vídeos de brasileiros constrangendo e assediando mulheres durante a Copa do Mundo foram publicados nas redes sociais. Em um deles, homens pedem para que um grupo de outras quatro mulheres repita: “Eu quer dar a b… para vocês”. Depois, eles comemoram: “É a Rússia, c…!”.

Vídeos em que brasileiros constrangem mulheres na Rússia viralizam

Em outra publicação, uma aeromoça passa as instruções de segurança dentro de um avião, enquanto os homens gritam: “Brasil”. Claramente constrangida, a mulher ri. Ao final do vídeo, eles cantam: “A loirinha é nossa!”.

“A loirinha é nossa”, dizem brasileiros à aeromoça na Rússia

No primeiro vídeo que viralizou e gerou revolta na internet, torcedores brasileiros cercam uma mulher loira e cantam: “Essa é bem rosinha!”. Depois, mudam para “b… rosa!”.

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