Jovem mostra como é fácil de manipular fotos do corpo na internet

O amor próprio é um processo. E nem sempre é fácil de chegar até ele – especialmente porque a maioria das fotos que vemos na mídia e na internet mostram corpos muito fora da realidade. É inevitável que às vezes façamos comparações entre a nossa aparência e essas imagens extremamente retocadas.

Por isso, Milly Smith tomou como missão relembrar as pessoas de que não existe corpo perfeito. Pelo menos não como nas propagandas. Perfeito mesmo é o jeito que você já é. Para isso, ela usa o Instagram, no qual já tem mais de 140 mil seguidores.

Nesta semana, ela comparou duas fotos suas para mostrar como é fácil manipular imagens na internet. Em uma, ela aparece com uma meia calça puxada até a cintura e faz uma pose flexionado os músculos. Na outra, ela aparece sem a meia calça, em uma posição relaxada. Dá para ver uma grande diferença entre as duas fotos; e nem foi necessário mudar a iluminação ou usar uma ferramenta de edição digital.

“Com o ângulo da câmera e roupas eu posso fazer meu corpo virar aquilo que a sociedade vê como mais aceitável do que a foto à direita”, Milly observou na legenda. “A mídia constantemente quer que sejamos mais filtrados, posados, flexionados. O que nos deixa com vergonha, medo e ressentimento dos nossos corpos”.

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I don't want to love my body today. It's letting me down. Putting me through agony, fatigue, stress, despair and I quite honestly cannot bring myself to love it. 〰 I seem to watch the world pass by me as I spend nights in hospital with chronic pain, nights/ days in bed from depression/fatigue or days too anxious to leave my house. 〰 I compare what I should be doing to what everyone else is doing, I see them exercising, happily meeting friends, enjoying their children and I feel useless, worthless, hopeless as I can barely crawl out of bed to wash myself. 〰 The reality is that my body is still amazing, I am still worthy, strong and valid. I need to stop the comparison, my struggles are unique and I can't compare that to anyone else's life and I shouldn't be ashamed of my journey. 〰 I'm not lazy, bad or disgusting. I'm poorly, powerful and badass. 〰 If you're feeling like the only one in the world who's struggling, fighting against the day or not Able to live how you want then know YOU ARE NOT ALONE, you are SO valid and wonderful and we are here to listen. 〰 Fight on, the world needs you to keep going and pushing; you're not worthless. If you don't feel like loving your body today then that's cool but try to accept it and be comfortable in its presence. It's okay not to be okay ?

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Para a blogueira, é terrível que as pessoas façam comparações. “Comparações de você mesmo são ladras da sua alegria e amor próprio, ainda mais quando você está comparando estética com imagens que não são realidade”, ela apontou. “[As minhas duas] fotos são bonitas. As duas têm valor. No entanto, apenas uma dessas fotos é realmente eu, confortável e naturalmente amando a mim mesma”.

Milly ainda tem um conselho para quem está lutando para encontrar sua autoestima: “livre-se de contas [no Instagram] que tragam negatividade, livre-se de pessoas na sua vida que não fazem você se sentir feliz, amada(o) e bonita(o). Não deixe eles todos arruinarem a sua vida”.

Veja a publicação abaixo:

https://www.instagram.com/p/BVxa_67l7li/