Samarco, Vale e BHP assumem responsabilidade por tragédia em MG

Em coletiva realizada na última segunda-feira, 29, representantes da Samarco, Vale e BHP comentaram tragédia que completa um ano em novembro

30/08/2016 14:55

No dia 5 de novembro completa-se um ano do crime ambiental que destruiu o vilarejo de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). Desde então, pela primeira vez, a mineradora Samarco e as empresas Vale e BHP Billiton – que respondem pela barragem do fundão, reconheceram a responsabilidade pela ruptura do reservatório.

Os presidentes das empresas, Roberto Carvalho (Samarco), Murilo Ferreira (Vale) e o diretor da BHP, Dean Dalla Valle, não comentaram os resultados das investigações. Perguntas dos jornalistas não puderam ser feitas aos três.

Na tarde da última segunda-feira, 29, as empresas realizaram um pronunciamento em Belo Horizonte, que contou com a presença dos presidentes da Samarco, Vale e do diretor comercial global da BHP. Eles comentaram sobre as causas do acidente que matou 19 pessoas e considerado o maior desastre ambiental registrado no país.

Crime ambiental resultou na morte de 19 pessoas em novembro de 2015
Crime ambiental resultou na morte de 19 pessoas em novembro de 2015

Na coletiva, os participantes pediram desculpas pela tragédia, sobretudo aos familiares e amigos das vítimas, além dos danos causados ao meio ambiente.

Investigação própria

O encontro foi organizado para as mineradoras apresentarem os resultados de uma investigação própria sobre a tragédia. Apesar disso, evitaram apontar culpados pelas falhas ocorridas e outros temas referentes ao funcionamento do reservatório, inaugurado em 2008. Na ocasião, os jornalistas convidados foram orientados a não perguntarem sobre questões envolvendo o desastre

As mineradoras apresentaram os resultados de uma investigação própria sobre a tragédia, mas evitaram falar em culpados pela série de falhas de projeto e operação ocorridas desde o início do funcionamento do reservatório, em dezembro de 2008. No evento, jornalistas foram orientados a não fazer perguntas sobre as responsabilidades no desastre de Fundão.