Por que a seleção masculina da Bélgica entrou em campo a camisa da equipe feminina?
Equipe liderada por Kevin De Bruyne manifestou apoio às 'Red Flames', que disputará a Eurocopa feminina em julho
Em uma jogada que mescla inclusão, solidariedade e paixão nacional, a seleção masculina da Bélgica entrou em campo nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 vestindo um uniforme inesperado: a camisa reserva da equipe feminina, desenvolvida pela Adidas especialmente para as Red Flames. A ação, longe de ser apenas estética, simbolizou uma ponte entre o futebol masculino e feminino do país, além de carregar um propósito social potente.
O uniforme, que será utilizado oficialmente na Eurocopa Feminina a partir de 2 de julho, na Suíça, serviu como vitrine para promover o torneio e reforçar o apoio da Federação Belga de Futebol à seleção feminina. A iniciativa também visa aumentar a visibilidade das Red Flames, que vêm de atuações consistentes na Nations League e estão entre as promessas da próxima Euro.
Mas a partida foi além do simbolismo. As camisas usadas pelos jogadores serão leiloadas, e a renda obtida será revertida para dois projetos com impacto direto na vida de crianças e jovens. Metade do valor arrecadado irá para a Fundação Jan Vertonghen, criada pelo ex-zagueiro e ídolo nacional, que se aposentou recentemente.
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A instituição desenvolve espaços lúdicos e ao ar livre para crianças em situação de internação prolongada em hospitais — uma tentativa de devolver, ainda que por breves momentos, a alegria da infância.
A outra metade do montante será destinada ao projeto Belgian Red Courts, uma iniciativa da própria federação que constrói minicampos de futebol em áreas urbanas do país, promovendo o acesso ao esporte em regiões onde oportunidades esportivas são escassas.
“É mais do que uma homenagem às Red Flames ou um gesto simbólico. Trata-se de reforçar valores que nos unem como nação: apoio mútuo, paixão pelo futebol e compromisso social”, afirmou Peter Willems, CEO da Associação Belga de Futebol, em entrevista à imprensa.
A ação da Bélgica se insere em uma tendência crescente no futebol europeu de valorizar o protagonismo feminino dentro do esporte, ao mesmo tempo em que busca integrar o esporte a causas comunitárias. Neste jogo, o que esteve em campo foi muito mais do que um placar: foi a construção de um legado de empatia, unidade e representatividade.
Estádio do St. Pauli terá painel solar com as cores da bandeira LGBTQIA+
Habituado às bandeiras, cantos e festas calorosas da torcida pirata, o Millerntor Stadion, do St. Pauli, se prepara para um novo marco: a instalação do maior painel solar colorido do planeta.
Composto por módulos que exibem as vibrantes cores da bandeira do arco-íris — símbolo universal do orgulho LGBTQIA+ — o telhado do estádio do FC St. Pauli passará a captar não apenas luz solar, mas também olhares e consciência. A iniciativa alia energia limpa e visibilidade queer, refletindo com potência o DNA engajado e progressista do clube alemão.