Ação distribui testes para coronavírus e máscaras na Rocinha
A comunidade da Rocinha é uma das maiores do Rio de Janeiro, com uma população em torno de 200 mil pessoas
Moradores da Rocinha, no Rio de Janeiro, que fazem parte grupo de risco da covid-19 começam a receber neste sábado, 11, testes rápidos gratuitos para novo coronavírus. A ação faz parte do projeto ‘Favela sem Corona’.
A comunidade foi escolhida porque nos últimos dias registrou mortes em decorrência da covid-19. A prioridade nessa primeira etapa da ação são as pessoas com mais de 60 anos com doenças pré-existentes, que tiveram contato com casos fatais ou confirmados.
Para a realização da campanha de testes rápidos gratuitos, a parceria na Rocinha se deu com uma clínica localizada na comunidade e que será responsável pela aplicação e pelos laudos, apresentados em 10 minutos.
As pessoas que fizerem os testes, também vão receber máscaras caseiras, confeccionadas por costureiras da comunidade da Maré.
A triagem será feita por líderes da comunidade por terem estreito relacionamento com os moradores e deve atender quase 100 pessoas. Os testes serão aplicados a partir das 7h30.
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A arrecadação para os testes veio de pessoas físicas e resultou em quase R$ 20.000. Agora, o projeto busca mais doadores para que possa levar a campanha a mais gente e a alcançar outras comunidades.
Brownie de Favela
O projeto “Favela sem Corona” quer, ao mesmo tempo, prevenir a disseminação da doença e dar apoio a possíveis infectados em comunidades vulneráveis, estabelecendo medidas de colaboração socioeconômica. Com esse objetivo, também foi criada outra parceria com o ‘Brownie de Favela’, pequena empresa da comunidade, e o aplicativo James Delivery.
Os kits com quatro brownies de sabores diferentes, estarão disponíveis para venda no aplicativo James, e o delivery funcionará de acordo com o raio de cobertura na cidade do Rio de Janeiro, que pode ser conferido no próprio aplicativo.
O preço de venda é de R$ 30. Com a compra de um kit, outro é doado a uma criança da favela, nessa páscoa.
O projeto “Favela sem Corona” foi criado no final de março, em consequência do avanço da covid-19 no Brasil e conta com 11 pessoas entre sociólogos, geólogos, professores e profissionais de serviços sociais. Seu objetivo é diminuir o impacto socioeconômico do coronavírus nas comunidades do Rio de Janeiro.