“Caos e Efeito” explora da arte
Uma nova maneira de ver e pensar a vida e a arte contemporâneas brasileiras. A exposição “Caos e Efeito”, em cartaz até o dia 23 de dezembro, aborda temáticas que serão abordadas nesta década que se encerra em 2020. A intenção é lançar um olhar abrangente sobre a produção nacional no campo das artes visuais e trazer à tona temas imersos nas questões – e inquietações – do mundo atual.
A mostra abriga aproximadamente 150 obras – entre pinturas, fotografias, instalações e vídeos – de 81 artistas. Os trabalhos foram escolhidos e organizados por cinco curadores – Fernando Cocchiarale, Lauro Cavalcanti, Moacir dos Anjos, Paulo Herkenhoff e Tadeu Chiarelli – que foram selecionados após uma pesquisa realizada pelo Centro de Documentação e Referência do Itaú Cultural, que levantou os dez nomes que mais participaram de exposições na última década. Desses, cinco foram convidados para realizar Caos e Efeito.
Fernando Cocchiarale – em cocuradoria de Pedro França – demonstra em seu recorte curatorial a crítica embutida nos processos de concepção, produção da obra e sua inserção no sistema artístico. O curador Lauro Cavalcanti e o cocurador Felipe Scovino optaram por contextualizar, historicamente, a construção de uma linguagem artística brasileira, cosmopolita e internacional.
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Moacir dos Anjos, em parceria com a cocuradora Kiki Mazzucchelli, selecionou obras que enfatizam o cotidiano, rompendo hierarquias entre o terreno da produção artística e o âmbito em que se desenrola a vida comum. A tênue linha entre o documental e o ficcional é o fio condutor da curadoria de Tadeu Chiarelli, com assistência curatorial de Luiza Proença e Roberto Winter.
Por último, Paulo Herkenhoff e os cocuradores Cayo Honorato, Clarissa Diniz e Orlando Maneschy propõem um estado de “não pureza conceitual”, na qual se pode apontar nos trabalhos apresentados algumas perspectivas em comum, como a “libido intratável”, a ”deposição do sujeito como lugar de poder” e a “violentação política da violência”.