12 fatores de risco para o desenvolvimento de demência
Certas mudanças no estilo de vida poderiam ajuda a reduzir as chances da condição no futuro
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que cerca de 48% dos casos de demência no Brasil podem ser atribuídos a 12 fatores de risco.
A investigação contou com a participação de 9.412 pessoas de diferentes regiões, níveis socioeconômicos e etnias, com idade média de 63 anos.
As possíveis causas analisadas incluíram: baixa escolaridade, hipertensão arterial sistêmica, perda auditiva, obesidade, traumatismo craniano, excesso de álcool, depressão, inatividade física, diabetes, poluição do ar, tabagismo e isolamento social.
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Fatores de risco para demência
Baixa escolaridade
A baixa escolaridade é considerada um fator de risco para a demência porque o nível de educação influencia diretamente a reserva cognitiva de uma pessoa, que é a capacidade do cérebro de se adaptar a danos ou alterações patológicas.
A reserva cognitiva atua como uma espécie de “proteção” contra o declínio cognitivo relacionado a condições como o Alzheimer e outras formas de demência.
Hipertensão
A pressão arterial elevada pode causar danos aos vasos sanguíneos, comprometendo a circulação para o cérebro e aumentando a probabilidade de problemas cognitivos e doenças neurodegenerativas.
Perda auditiva
Pessoas que desenvolvem problemas auditivos durante a meia-idade (entre 40 e 65 anos) têm um risco maior de desenvolver demência. Também pode ser um dos primeiros sintomas de demência.
Para reduzir esse risco, é importante fazer um teste de audição. Um estudo descobriu que idosos que têm perda da audição, mas utilizam aparelhos auditivos para corrigir o problema, passam a ter um risco para demência menor.
Estilo de vida
Controlar o peso e manter um estilo saudável, com a prática de exercícios físicos, não fumar e consumir bebida de forma moderada, são fundamentais. A obesidade, o tabagismo, o alcoolismo e o sedentarismo também são causas importantes nas chances de desenvolver a doença.
Isolamento social e depressão
Estudos mostram que a falta de interação social frequente e a solidão podem aumentar o risco de declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas. Isso ocorre porque as interações sociais exigem o uso de várias habilidades cognitivas, como memória, linguagem, raciocínio e atenção. Sem isso, essas oportunidades de estimulação cognitiva pode levar a um enfraquecimento das conexões neurais e acelerar o declínio mental.
Traumatismo craniano
Pessoas que recebem batidas no cérebro repetidamente, como atletas e lutadores, também possuem um maior risco de desenvolvimento de demências e deficiências na capacidade de pensar.
Diabetes
Doença multifatorial das mais incidentes em todo o mundo, o diabetes também influencia o cérebro, inclusive nas chances de desenvolvimento do Alzheimer.