15 fatores que podem te levar a sofrer um AVC antes dos 45 anos
Os idosos não são os únicos que sofrem AVC. Certas condições de saúde também podem causar derrames em jovens adultos
Embora mais comum em adultos mais velhos, o AVC (acidente vascular cerebral) também pode acometer pessoas mais jovens, antes mesmo dos 45 anos.
A prevalência entre os mais jovens, aliás, tem aumentado nos últimos anos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de pessoas com menos de 45 anos acometidas pela doença passou de 10% antes da pandemia de covid-19 para 18% em 2022.
Especula-se que a piora dos hábitos de vida entre os mais jovens e a interrupção de tratamentos por aqueles que já tinham fatores de risco, tenham sido responsáveis por esse aumento.
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O que é o AVC?
O AVC é uma das principais causas de incapacidade em pessoas do mundo todo. Os sobreviventes podem sofrer perda de visão e/ou fala, paralisia e confusão.
O risco de morte depende do tipo de AVC. Existem dois principais tipos: o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico, e cada um deles apresenta diferentes riscos e desfechos.
O AVC isquêmico é o tipo mais comum, representando cerca de 87% dos casos. Ele ocorre quando um coágulo sanguíneo bloqueia um vaso sanguíneo no cérebro, interrompendo o fluxo de sangue e oxigênio para uma parte do cérebro.
A administração rápida de tratamentos como trombolíticos ou trombectomia pode reduzir significativamente o risco de morte e melhorar a recuperação.
Já o AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento. Nesse caso, o risco de morte é alto, especialmente nas primeiras 48 horas.
Quais são os principais fatores de risco de AVC em jovens adultos?
Apesar de incomum em pessoas com menos de 45 anos, quando o AVC ocorre nessa fase da vida, a principal causa é a hipertensão.
De acordo com a OMS, para cada 10 pessoas que morrem de acidente vascular cerebral, quatro poderiam ter sido salvas se a pressão arterial tivesse sido regulada.
Outro fator de risco comum é o cigarro. Os fumantes têm risco duas vezes maior de desenvolver um quadro de AVC em comparação com pessoas que não fumaram ao longo da vida.
Assim como cigarro, o uso de álcool e drogas ilícitas também é um fator de risco considerável entre os jovens.
Fibrilação atrial, insuficiência cardíaca, doença coronariana, ataque cardíaco, diabetes, colesterol alto e obesidade também são fatores de risco importantes para o AVC.
Estudos também descobriram que a enxaqueca é um fator de risco não tradicional de AVC mais importante entre os mais jovens, levando a 20% dos AVC nos homens e quase 35% nas mulheres.
As mulheres têm ainda outra preocupação. Pesquisas apontam que o uso do anticoncepcional pode aumentar riscos de AVC isquêmico em duas vezes.
Por fim, mas não menos importante a falta de atividade física e alimentação incorreta (rica em gorduras saturadas e/ou sódio e/ou pobre em vegetais e frutas) também contribuem com as chances de alguém desenvolver AVC.
Quais os sinais de AVC?
- Dormência ou fraqueza repentina no rosto, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo.
- Confusão repentina, dificuldade para falar ou dificuldade para entender a fala.
- Dificuldade repentina para enxergar com um ou ambos os olhos.
- Dificuldade repentina para caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou falta de coordenação.
- Dor de cabeça intensa e repentina, sem causa conhecida.
O que fazer se suspeitar de AVC?
Reconhecer os sinais de AVC pode salvar vidas, pois um tratamento rápido pode minimizar os danos cerebrais e melhorar as chances de recuperação.
Dessa forma, ao notar qualquer sinal de AVC, é preciso dirigir-se com urgência ao serviço de emergência do hospital mais próximo para um diagnóstico e tratamento.