30% da população do Brasil está com gordura no fígado; conheça os sinais

Muitas pessoas convivem com a condição sem apresentar sintomas, o que torna o diagnóstico precoce um desafio

Por Silvia Melo em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
18/02/2025 14:30 / Atualizado em 20/02/2025 22:33

Cerca de 30% da população brasileira está com gordura no fígado, de acordo com dados de 2021 do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig). A condição, também conhecida como esteatose hepática, ocorre quando há o depósito de mais de 5% de gordura no órgão.

A gordura no fígado pode ser silenciosa nos estágios iniciais, mas, com o tempo, pode evoluir para doenças hepáticas mais graves. Por isso, é essencial reconhecer os sinais precoces e buscar tratamento adequado.

O que causa gordura no fígado?

A esteatose hepática pode ser dividida em dois tipos principais:

Esteatose hepática não alcoólica (EHNA) – associada a hábitos alimentares inadequados, obesidade, diabetes e sedentarismo.

Esteatose hepática alcoólica – causada pelo consumo excessivo de álcool, que prejudica a metabolização das gorduras no fígado.

Fatores como dieta rica em açúcares e gorduras, resistência à insulina, colesterol alto e hipertensão também contribuem para o desenvolvimento do problema.

Exames regulares são essenciais para detectar precocemente gordura no fígado e evitar complicações
Exames regulares são essenciais para detectar precocemente gordura no fígado e evitar complicações - iStock/horillaz

Sintomas da gordura no fígado

  • Fadiga e cansaço excessivo 
  • Dor ou desconforto no lado direito do abdômen 
  • Inchaço abdominal 
  • Perda de apetite e náuseas 
  • Pele e olhos amarelados (icterícia) 
  • Urina escura e fezes claras (sintomas de casos mais graves)

Tratamento e prevenção da gordura no fígado

Não existe um medicamento específico para a gordura no fígado, mas a boa notícia é que a doença pode ser revertida com mudanças no estilo de vida.

Algumas medidas fundamentais incluem adotar uma alimentação saudável, ando preferência a verduras, frutas, proteínas magras e gorduras saudáveis; praticar atividade física regularmente; controlar o peso; evitar o consumo de álcool e monitorar outras condições de saúde, como diabetes, colesterol alto e hipertensão.