45% dos brasileiros adultos sofrem desta doença, diz a OMS; veja como prevenir

Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) expôs uma realidade preocupante sobre a incidência de hipertensão no Brasil

26/09/2023 15:30

Relatório da OMS sobre a hipertensão
Relatório da OMS sobre a hipertensão - iStock/korawat thatinchan

Um recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) expôs uma realidade preocupante: cerca de 45% dos brasileiros adultos enfrentam a batalha contra a hipertensão, conhecida popularmente como pressão alta.

O panorama se torna mais alarmante ao se constatar que metade da população brasileira acima de 30 anos acaba afetada pela doença. Pior, apenas um terço dos hipertensos consegue aplicar um controle efetivo sobre a doença. Conforme o relatório da OMS, quatro em cada cinco pessoas com hipertensão em todo o mundo não tratam corretamente.

Médicos e especialistas em saúde alertam para a perigosa discrição da hipertensão. Apenas 10% das pessoas acometidas pela doença apresentam sintomas perceptíveis.

Declarada pela OMS como “assassina silenciosa” e com impacto “devastador”, a hipertensão é, em muitos casos, assintomática, o que contribui para o baixo cuidado da população. Porém, ela pode levar a consequências sérias, como AVC, ataque cardíaco e danos renais.

Riscos da pressão alta

O controle inadequado da hipertensão induz a uma série de impactos negativos na saúde, afetando órgãos vitais como os rins, o coração e até mesmo o cérebro.

O risco de infarto e AVC acaba sendo multiplicado, e vale citar que descobertas recentes apontam para uma ligação direta dos problemas de hipertensão com o aparecimento de demência.

A estratégia de prevenção é crucial para o combate contra a hipertensão. Elevar os cuidados com a saúde para um patamar de prioridade pode, potencialmente, prevenir 365 mil mortes de brasileiros até 2040.

Importância de prevenir hipertensão, segundo a OMS

Alguns fatores, como idade avançada e genética, podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença. Entretanto, os fatores de risco modificáveis, tais como dieta rica em sal e sedentarismo, também são consideráveis na propensão ao surgimento da doença.

Portanto, é importante manter o peso ideal, praticar atividades físicas regulares e, talvez o mais crítico, reduzir o consumo de sal na alimentação, evitando produtos enlatados e embutidos.

Além disso, medir a pressão pelo menos uma vez por ano e tomar nota do número de hipertensos a níveis globais, que já alcançou a marca de 1,3 bilhão de pessoas – o dobro do registrado em 1990, é fundamental para entender a escala do problema.

A OMS acredita que a prevenção, a detecção precoce e o gerenciamento eficaz estão entre as mais custo-eficazes na área de saúde. Portanto, deveriam ter prioridade nos países como suas principais políticas de saúde.

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “a hipertensão pode ser controlada eficazmente com regimes de medicação simples e de baixo custo, porém, apenas uma em cada cinco pessoas com hipertensão a controla”.