60% das mortes por este câncer são de homens com menos de 40 anos
Veja como a detecção precoce desse tipo de câncer pode salvar vidas, incluindo os sintomas, tratamentos e fatores de risco
Embora represente menos de 1% dos diagnósticos de câncer entre homens, o câncer de testículo é uma condição que não escolhe idade e tem um impacto significativo na população masculina jovem.
Intrigante e silencioso, este tipo de câncer é frequentemente negligenciado em discussões sobre saúde masculina, o que pode atrasar diagnósticos precoces e tratamentos eficazes.
As estatísticas revelam um cenário preocupante: a maioria das vítimas fatais desta doença são homens entre 20 e 39 anos, indicando não apenas a perda de vidas mas também o impacto devastador na produtividade e planos futuros desses jovens.
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Segundo os dados do Ministério da saúde, obtidos pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), mais de 60% das mortes pela doença acometem jovens adultos. Entre 2010 e 2020, cerca de quatro mil homens morreram em decorrência do câncer de testículo.
O autoexame e a conscientização emergem como poderosas ferramentas de prevenção, capazes de transformar radicalmente esse quadro.
Como começa o câncer de testículo? Veja os sintomas:
- Aparecimento de um nódulo duro indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha;
- Dor abdominal inferior;
- Falta de ar;
- Aumento de tamanho, de forma ou textura (endurecimento) dos testículos;
- Sensação de peso nos testículos;
- Sangue na urina;
- Sensibilidade nos mamilos;
- Dor nos ossos.
Embora nem todos os nódulos sejam cancerígenos, a avaliação por um especialista é imperativa diante de qualquer sintoma.
O que causa câncer de testículo?
Criptorquidia, histórico familiar de câncer de testículo, infertilidade, idade entre 15 e 35 anos e exposição a determinadas substâncias são alguns dos fatores que elevam o risco de desenvolver esta doença.
A conscientização sobre esses riscos e a prática do autoexame emergem como medidas preventivas fundamentais.
Quais são os dois tipos de câncer de testículo?
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Tumores de células germinativas
Os tumores de células germinativas são os mais comuns e podem ser subdivididos em seminomas e não seminomas.
Os seminomas tendem a crescer mais lentamente e são mais sensíveis à radioterapia, enquanto os não seminomas geralmente são mais agressivos e requerem uma combinação de tratamentos, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
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Tumores de células não germinativas
Já os tumores de células não germinativas, embora menos comuns, incluem os tumores de células de Leydig, os tumores de células de Sertoli e os tumores estromais.
Cada tipo de câncer testicular pode exigir diferentes abordagens de tratamento, por isso é fundamental uma avaliação médica especializada para determinar o melhor plano de cuidados para cada paciente.
O diagnóstico precoce do câncer de testículo é crucial e, felizmente, possível por meio do autoexame regular, que permite identificar precocemente qualquer anormalidade.
O simples hábito de apalpar o local durante o banho pode ser a chave para a detecção em estágios iniciais da doença, momento em que as chances de cura são consideravelmente altas.
No entanto, não existe protocolo determinado para a autoavaliação. A assistência médica é recomendada em caso de dúvidas.
Qual o exame de sangue para saber se está com câncer de testículo?
Quais são os tratamentos disponíveis?
- Orquiectomia: procedimento cirúrgico para remoção do testículo afetado.
- Congelação de espermatozoides: recomendada para preservar a fertilidade antes do tratamento.
- Quimioterapia e radioterapia: pode ser necessária dependendo do estágio da doença.
É fundamental lembrar que, apesar dos desafios, o diagnóstico de câncer de testículo não é uma sentença.
Quais as chances de cura do câncer de testículo?
Quando diagnosticado precocemente, a chance de cura pode passar de 90%, já que o câncer responde bem aos tratamentos quimioterápicos.
Portanto, com o tratamento adequado e o apoio correto, as chances de recuperação e de retomada de uma vida plena são altas.
O câncer de testículo, embora raro, exige atenção e ação. A quebra do silêncio em torno dessa doença, através da educação e do incentivo ao autoexame, pode salvar vidas.