94 ex-alunos de uma mesma escola desenvolvem tumor no cérebro

Autoridades investigam as possíveis causas, que podem estar relacionadas com contaminação no ambiente

18/04/2022 14:50

Pelo menos 94 pessoas que frequentaram a mesma escola em Nova Jersey, nos Estados Unidos, desenvolveram tumor raro no cérebro.

O cientista ambiental Al Lupiano está entre os ex-alunos e funcionários da Colonia High School que foram diagnosticados ao tumor. Ele recebeu seu diagnóstico no final dos anos 90, quando tinha 27 anos, mas o que chamou sua atenção foi que, no ano passado, sua esposa e irmã – também ex-alunos da escola – também desenvolveram tumores cerebrais.

 Fachada de um dos prédios da escola
 Fachada de um dos prédios da escola - reprodução/Google Maps

A irmã de Lupiano morreu em fevereiro aos 44 anos. Ele começou a se perguntar por que ele, sua esposa e sua irmã tinham esses tumores raros, então, criou um grupo no Facebook para ver se algum outro ex-aluno da escola havia desenvolvido tumores ou doenças relacionadas.

“Comecei a fazer algumas pesquisas e os três se tornaram cinco, os cinco se tornaram sete, os sete se tornaram 15”, disse Lupiano. No total, ele coletou os nomes de 94 ex-alunos e funcionários que desenvolveram tumores cerebrais, de acordo com o New York Post.

A suspeita é que os casos de tumores tenham alguma relação com questões ambientais, como radiação ionizante. “Não é água contaminada. Não é ar. Não é algo no solo”, disse Lupiano.

Os órgãos ambientais estaduais estão pesquisando as possíveis causas para orientar quaisquer ações que ajudem na avaliação na implementação de estudos de impacto ambiental.

Tumor extremamente raro

O tipo de tumor diagnosticado nos frequentadores da escola é o glioblastoma. De acordo com a  Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos, o glioblastoma ocorre em apenas 3,21 por 100.000 pessoas.

O glioblastoma é um tumor raro
O glioblastoma é um tumor raro - goglik83/istock

O glioblastoma é um tumor maligno primário do Sistema Nervoso Central. Pode ocorrer no cérebro ou na medula espinhal e é altamente invasivo. Forma-se a partir de células chamadas astrócitos, que sustentam e nutrem as células nervosas (neurônios) do cérebro.