A doença com sintomas semelhantes aos do Alzheimer, mas que acontece no fígado

Essa condição surge quando o fígado falha em filtrar toxinas do sangue, como a amônia, que acabam afetando o cérebro

20/09/2024 22:00 / Atualizado em 28/09/2024 22:24

Esquecimento, confusão mental e desorientação são sintomas frequentemente associados ao Alzheimer, mas podem ser provocados por uma condição do fígado chamada encefalopatia hepática. Essa doença surge quando o fígado falha em filtrar toxinas do sangue, como a amônia, que acabam afetando o cérebro.

Assim, a doença resulta em uma ampla gama de sintomas neurológicos e cognitivos.

A encefalopatia hepática é uma complicação comum de doenças hepáticas, especialmente a cirrose, e pode variar de leve confusão mental até coma.

Causada principalmente pela cirrose e outras doenças hepáticas, a encefalopatia hepática pode variar de confusão leve até coma.

Confusão mental e fala arrastada são alguns dos sintomas possíveis da encefalopatia hepática
Confusão mental e fala arrastada são alguns dos sintomas possíveis da encefalopatia hepática - Panuwat Dangsungnoen/istock

Quais os sintomas da encefalopatia hepática?

  • Confusão mental e dificuldade de concentração.
  • Alterações de humor e comportamento, como irritabilidade e ansiedade.
  • Letargia e sonolência excessiva.
  • Dificuldade na coordenação motora, como tremores e problemas para caminhar.
  • Fala arrastada e dificuldade de comunicação.
  • Hálito com odor doce ou mofado, conhecido como “fetor hepático”.
  • Em casos graves, pode evoluir para coma, exigindo intervenção médica urgente.

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue e avaliação clínica. A condição é potencialmente reversível se tratado adequadamente.

Como é o tratamento?

Segundo o Hospital Albert Einstein, o tratamento da encefalopatia hepática foca na eliminação do fator desencadeante, como o controle de infecções e hemorragias no trato gastrointestinal.

Geralmente, inclui o uso de laxantes específicos para eliminar toxinas acumuladas no intestino e antibióticos para controlar os sintomas.

Em casos mais graves, principalmente quando o paciente tem uma doença hepática crônica, pode ser necessário o transplante de fígado como parte do tratamento.